Festa, caveiras da sorte e múmias: conheça as tradições mexicanas para celebrar os mortos

O Día de Muertos é uma das festas mais tradicionais e animadas do México. Ao contrário do Brasil, onde o Dia de Finados é uma data triste, especialmente para quem já perdeu algum ente querido, para os mexicanos a celebração é cheia de alegria.

Eles dizem que o pior que pode acontecer a alguém é ser esquecido e a melhor forma de não deixar que isso aconteça é festejar os mortos com música, teatro, fantasias… “Nosso culto à morte é um culto à vida”, disse o escritor mexicano Octavio Paz, que ganhou um Nobel de Literatura.

A morte é tratada com leveza inclusive entre as crianças. Há desenhos animados sobre o tema e ganhar uma caveirinha de presente é tradição na data. É que as caveiras por lá simbolizam a sorte e são encontradas em diferentes estilos: coloridas, pintadas, usadas como enfeite, como estampa de roupas, chaveiros, entre outros.

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Dia dos Mortos no México

Diz a lenda que, entre as noites de 31/10 e 02/11, os mortos teriam permissão divina para voltar e visitar seus parentes vivos. Por isso, segundo o site Wikipedia, as pessoas enfeitam suas casas com flores, velas e incensos, além de prepararem bolos e doces decorados com temática fúnebre.

Santa Muerte nas ruas da Cidade do México

Santa Muerte nas ruas da Cidade do México

É comum também se fantasiar de morte, com roupas pintadas como esqueletos ou máscaras de caveira. E parte das celebrações acontece nos cemitérios, onde as famílias vão até a sepultura da pessoa levando a comida que ela mais gostava, bandas tocando as músicas preferidas, cervejas e flores. Vale tudo para agradar as almas.

O assunto não é tabu, mas quem não está acostumado a lidar com isso pode ficar um pouco assustado à primeira vista. Foi o que aconteceu com o meu primo Ricardo Bueno.

Ele conta como foi se deparar, durante uma viagem turística, com outra figura venerada por lá: a Santa Muerte – que pode ser interpretada como “sagrada morte” ou Nossa Senhora da Morte – que é um esqueleto vestido com manto, coroa, flores e outros adereços. “Eles têm o costume de cultuar a Santa Morte. Há imagens dela em tamanho bem grane pelas ruas, vestida de roupas longas e rodadas, e o pessoal acende velas e dá dinheiro. Achei macabro”, contou.

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Museu das Múmias

Ele visitou também o Museu das Múmias (Moseu de las Momias), em Guanajuato, cerca de 5 horas de ônibus da Cidade do México. “O museu conta a história das múmias, em que época viveram e como foram mortas. Achei que eram astecas e maias, mas descobri que são contemporâneas. É um lugar tenebroso, escuro e cheio de vidros quebrados e teias de aranhas. E há múmias por toda parte, em pé, deitadas, em caixões, inclusive crianças múmias vestidas com a roupa que foram enterradas. Isso foi o que mais me chocou… ver crianças. Parecia cena do filme Exorcista”.

Ricardo no Museu das Múmias (as outras fotos achei tão fortes que achei melhor não postar)

Ricardo no Museu das Múmias (as outras fotos são tão fortes que achei melhor não postar)

Origem do Día de Muertos

Segundo o site Infoescola, a tradição mexicana de festejar o Dia dos Mortos se firmou quando os espanhóis estavam colonizando a região. Antes disso, crânios eram conservados e oferecidos como prêmios, além de exibidos nos cultos para celebrar a morte e o renascimento. E povos como maias e astecas faziam cultos e rituais em homenagem aos mortos.

Atualmente o Día de Muertos no México é declarado pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

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