24 horas em Veneza: histórias e dicas para conhecer a cidade

Minha viagem para Veneza foi quase um bate e volta. Eu já tinha o roteiro para as férias na Europa com um amigo e meio que depois de tudo planejado resolvemos incluí-la. Assim, saímos de Berlim pela manhã, chegamos a Veneza na hora do almoço e, no dia seguinte mais ou menos no mesmo horário, seguimos para Roma. Ficamos cerca de 24 horas, uma tarde e uma manhã. Pouco tempo, mas o suficiente para me encantar por essa cidade… Nesse post conto como foi – pode ser também uma opção para quem, como eu, não tem muito tempo disponível, mas faz questão de dar uma passadinha por lá.

Cheguei a Veneza pelo Aeroporto de Canova, que fica fora da cidade, de onde peguei um ônibus até a Piazzale Roma, o último ponto de Veneza a que se chega por terra e onde fica a estação de onde pegaria um barco (chamado vaporetto) para o hostel. Nessa estação há guarda-volumes (13,80 euros por 24 horas), caso seja um bate e volta sem pernoite.

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Transporte em Veneza

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Quase morri quando vi que o preço do passe do barco, que custava uns 7 euros, acho, mas fazer o quê? Depois descobri que havia um passe válido para 24 horas que custava 18 euros e comprei, pois compensaria muito mais. #ficaadica

Os barcos fucionam da mesma forma que as linhas de ônibus de qualquer cidade, com o diferencial de que cada trajeto é praticamente um tour por Veneza, o que, por si só, já vale o passeio. Há vários “pontos” e é superfácil de embarcar. Atenção: não é preciso apresentar o bilhete, mas é necessário validar em uma das maquininhas nos pontos de embarque e estar com ele sempre, com data válida, pois há fiscais à paisana – um chegou a me pedir o meu – e a multa é alta. Não vale correr o risco.

O único problema (para mim) desse transporte é que balança muito – inclusive o local de espera, que já é dentro d’água – e eu enjoo fácil. Mas não cheguei a passar mal. Andava sempre com um Gatorade de limão, que me ajudava um pouco nessas horas.

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O que fazer em Veneza

veneza-1De cara me apaixonei pela cidade, que é um encanto. Bucólica, linda linda. Lá não há carros nem bicicletas. As ruazinhas são como calçadas, parecem pequenas vilas, e para visitar outros bairros só mesmo de barco. É uma cidade diferente, pacata em algumas partes, cheia de turistas em outras. Cada cantinho é um charme com seus canais, suas construções. Mas é também meio que um labirinto, o que pode deixar algumas pessoas confusas, mas eu confesso que amei “me perder”…

Chegando no hostel tomei um banho e almocei uma pizza (eu estava na Itália, afinal) em um restaurante que tinha bem ao lado e onde voltei outras vezes nesse curto período. Só depois de comer é que comecei os passeios em Veneza.

O primeiro programa foi procurar um supermercado, pois no embarque em Berlim, ao passar a bolsa pelo raio-x detectaram meu desodorante, que foi direto para o lixo. =/ Líquidos não podem ser levados na bagagem de mão – e o pior é que eu sabia disso, vacilei. Então precisava comprar outro logo, porque sem desodorante não dá, né! Ainda mais que era verão e estava muito quente.

O lado bom do calor é que pude me refrescar tomando muito sorvete. Stracciatela e frágola eram meus sabores preferidos – em português, flocos e morango, mas decorei os nomes em italiano antes de ir. =)

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Mapa de Veneza

O grande canal de Veneza é cortado por algumas pontes de bela arquitetura que também são famosas entre os turistas. Esse e outros canais separam os “bairros”. O hostel onde me hospedei era na parte chamada Giudecca. Essa parte fica do lado oposto à Praça de São Marcos (San Marco), que é onde tem mais coisas para fazer.

Onde fiquei parecia mais residencial, com poucos restaurantes e mercadinhos pequenos, mas não sei se foi uma coincidência do que vi ou se é assim mesmo. Pelo mapa dá para entender um pouco as localizações da cidade.

Pontos turísticos

A Piazza San Marco é o ponto mais famoso de Veneza e por onde circulam a maioria dos turistas. Lá estão as principais atrações, como a basílica, que é lindíssima!

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Há também uma “feirinha” (ou algo do tipo) bem legal, com várias coisas lindas, típicas… Eu amo uma feirinha, amo uma buginganga! E o tanto que pirei nas máscaras venezianas? <3

Experimentei várias, pedia aos vendedores para tirar fotos usando, mas não comprei, porque não tinha dinheiro nem como colocar na mala que, nessa altura da viagem, já estava quase explodindo.

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Ah, e a praça é realmente cheio de pombos! Eu, mesmo não curtindo, posei para uma foto tradicional bem no meio deles – é só jogar um farelinho de pão que lota (as crianças vivem fazendo isso o tempo todo). Mas, ao contrário do que já ouvi muita gente falar, não vi ratos nem achei a cidade suja ou com mau cheiro.veneza-murano

Visitei ainda outras igrejas (importante: a entrada é proibida se estiver de short, em algumas não pude entrar e deixei para o outro dia, com outra roupa).

E fui também a uma exposição interessante de arte em vidro murano, muito tradicional em Veneza. Inclusive a visita à Ilha de Murano, onde é possível ver a fabricação das artes em vidro, é superindicada para quem vai ficar mais tempo na cidade. Mas, em um bate e volta a Veneza, realmente não cabe.

Passeio de gôndola

 E há as tradicionais gôndolas. Algumas são guiadas por pessoas vestidas a caráter e algumas possuem até músicos que tocam enquanto elas seguem pelas águas. Tudo bonito e produzido. É um passeio bem voltado para turistas mesmo. Não cheguei a fazer, não me atraiu. Muita gente dizendo que é algo romântico, tanto esse passeio quando a cidade em si. Mas acho que quem curte vai gostar mesmo não estando em casal. Pode ir sem medo porque é um lugar que vale a pena conhecer!

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Para terminar, uma história engraçada (engraçada agora, porque na época foi  horrível). Um mosquito me picou em Veneza. Mas só fui descobrir isso depois… No vôo para Roma comecei a sentir uma coceira pelo corpo. Chegando ao hostel, ao tomar banho vi que meu estava totalmente empolada, calombos vermelhos, enormes, que coçavam cada vez mais. Pernas, braço, costas, rosto! No dia seguinte amanheci pior. Os calombos, além de vermelhos, estavam maiores e quentes, e alguns eu havia ferido ao coçar durante a noite. Depois achei uma farmácia, comprei uma pomada e, com o tempo foi melhorando. Portanto, minha principal dica para quem vai a Veneza é: leve um repelente!

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