Check-in #9 – Abril/17

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Sabe quando você sente que está sendo colocada/mantida dentro de uma caixinha, mas você quer viver pelo menos alguns momentos fora dela, quer se expandir? Eu sou grande (em todos os sentidos) e uma hora isso começou a machucar, a doer, a fazer mal. Aí só quebrando tudo, mas nada literalmente, viu? Só um exemplo metafórico (e talvez até meio misterioso, eu sei) para dizer que Abril representou o momento de começar a abrir novos caminhos que, já senti, serão maravilhosos. Sigo sempre com os pés no chão – mas um chão mais florido e colorido! Vem ver comigo um pouco mais do que teve nesse período!

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Na playlist

Essa música nem é nova, mas sempre que eu ouço eu paro pra pensar. E sempre que quero ou preciso parar pra pensar, eu ouço. Tipo agora, nessa fase em que estou questionando e reconsiderando uma série de coisas, dando uma virada na vida. Energia boa fluindo e uma dose de Lulu Santos para refletir e celebrar! Não dá pra ser depois!

Na cabeceira

Ganhei o livro “Quatro estações em Roma” da Editora Intrínseca e devorei em menos de uma semana. Sabe quando parece que você está vivendo aquela história? O livro, do escritor americano Anthony Doerr, é um relato real sobre o ano que ele passou na Itália com a esposa e os filhos gêmeos recém-nascidos. O processo de adaptação, os estranhamentos, as surpresas e tudo o mais. Foi um período de acontecimentos marcantes, como a morte do Papa João Paulo II e a escolha do novo Papa, além de situações pessoais, aprendizado da língua, a descoberta de cada cantinho. E ele vai dividindo tudo com a gente com um texto que é uma delícia de ler, criando uma intimidade com o leitor.

check-in-9-na-cabeceiraUm dos trechos que mais gostei e que veio a calhar também com a fase atual: “A mente tem fome de conforto; ela motiva os sentidos a reconhecer símbolos, a interpretar. Mapeia as gavetas da cozinha e as ruas do bairro; inventa uma espécie de álgebra particular das nossas vidas. Isso é útil, até mesmo essencial. Precisamos de hábitos para enfrentar o dia, ir ao trabalho, alimentar nossos filhos. Mas os hábitos são também perigosos. Ao longo do tempo deixamos de perceber as coisas mais comuns – palavras, amigos, apartamentos – como eles realmente são. Comer uma banana pela milésima vez é muito diferente de comer uma banana pela primeira vez. Quanto mais fácil for uma experiência, quanto mais enraizada ela estiver na nossa vida, menos intensa será a sensação que ela nos provoca. Isso vale para chocolates, casamentos, cidades natais e estruturas narrativas. Então saia de casa, saia do país, saia do costumeiro. Só assim as experiências corriqueiras – comprar pão, comer verduras e até dizer bom dia – voltam a ser novas.” Preciso dizer que terminei a leitura morrendo de vontade de voltar a Roma?

Na telinha

Eu adoro assistir ou ler ou conversar sobre coisas que me desconstroem, que mostram realidades e situações diferentes do que vivo. Porque a gente acaba se habituando ao nosso jeito de ser/viver e meio que começa a considerar isso como o normal. Só que existem outras tantas normalidades por aí que muitas vezes são invisibilizadas e, por isso (causa ou consequência), incompreendidas. O que chamamos de pré-conceitos. Daí que acho mega importante quando a mídia faz um serviço de tirar a gente da bolha. Estou falando do quadro “Quem sou eu?”, do Fantástico, da Rede Globo.

Comandada por Renata Ceribelli, a série de quatro episódios contou as histórias de transgêneros em fases distintas, ressaltando a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual e mostrando a jornada de autoconhecimento das pessoas que sentem que nasceram no corpo errado e estão em busca de sua identidade. Eu já havia assistido ao “Liberdade de gênero”, no GNT, sobre o mesmo tema. Mas ver algo na TV aberta e no chamado horário nobre, é muito bom e necessário! Nesse site é possível ver todos os episódios completos.

Na wishlist

Sou fã da Eliane Brum, tanto das crônicas como das reportagens, e estou louca desejando esse livro que acabou de ser lançado: “O olho da rua: uma repórter em busca da literatura da vida real”, da Editora Arquipélago. Como jornalista, sempre fui uma apreciadora do jornalismo literário, acho incrível quem escreve nesse estilo. Então é um livro que junta um jornalismo e uma jornalista que eu admiro. Mais que desejando o livro (que já vou comprar), meu desejo era ser assim e fazer assim. Um dia ainda chego lá!

“O olho da rua: uma repórter em busca da literatura da vida real”, da jornalista Eliane Brum, em nova edição revista e…

Posted by Arquipélago Editorial on Monday, April 17, 2017

Na mídia

Daquelas matérias que mexem com a gente!!! Tanto que até fiquei na dúvida se colocava aqui “na mídia” ou como “inspiração”. O título da matéria é “Refugiadas vivendo no Líbano fazem bonecas de pano para contar histórias de cidadãos sírios” e li no site da ONU. O texto conta que 80 costureiras estão traduzindo em bordados as histórias as pessoas que ainda vivem na Síria, país que está em guerra. Elas fazem as bonecas e o valor obtido com a venda é destinado para os personagens que inspiraram as histórias. Mais de 1,5 mil bonecas já foram vendidas desde o início do projeto, há um ano, em abril de 2016.

A iniciativa é liderada pela família Mousalli, composta por um pai libanês, uma mãe síria e suas filhas, Marianne e Melina. O projeto aborda o sofrimento oculto dos cidadãos de um país devastado pela guerra. Com linhas coloridas e imaginação, os rostos dos sírios — e sobretudo, suas trajetórias singulares — ganham forma no tecido. (…) Além de dar visibilidade às vítimas esquecidas da guerra, o projeto ajuda a criar um “círculo virtuoso de empoderamento”. ‘As pessoas sabem que se compram a boneca Salma, elas vão ajudar a verdadeira Salma que está na Síria, que o dinheiro da venda será destinado para ela’, diz Marianne.” Clique aqui para ler o texto completo e ver fotos das bonecas, que são lindas.

Na mesa

Acho o Outback sempre uma boa pedida para o almoço ou para fechar o dia. Os pratos, especialmente as carnes, e os petiscos são uma delícia. Recentemente descobri uma sobremesa que já está na lista das minhas preferidas: é um bolo quente de chocolate servido em uma xícara com uma bola de sorvete de creme por cima, calda de chocolate, pedaços de morango e lajotinha! Para adoçar a vida! 😉

Feliz por…

O blog completou dois anos e, como falei aqui no texto que escrevi na data, é uma vitória e tanto! Só de pensar no trabalho todo que dá, nos picaretas de plantão estabelecendo uma concorrência desleal, na vontade de desistir que vira e mexe bate… Mas aqui estamos, firmes e fortes. Eu e vocês – e é graças a vocês que tudo continua sendo feito e com muito carinho. Fiz uma nova transmissão ao vivo para comemorar e só tenho mesmo a agradecer. Tudo isso me deixa muito muito muito feliz e me dá motivação para querer continuar e melhorar cada vez mais!

Para inspirar

E por falar nisso… Às vezes a gente passa por uns momentos de baixa confiança profissional – geralmente porque há pessoas que fazem com que a gente chegue a esse ponto. Não é fácil. Mas, por alguma força do destino, justamente nesses momentos sempre surgem outras pessoas dizendo coisas bacanas que ajudam a motivar. Recebi/li/ouvi alguns comentários que me deixaram tão confiante/feliz e, quando vi essa tirinha, da artista Catharina Baltar, me identifiquei. Linda e inspiradora!!!

https://www.facebook.com/catharinix/photos/a.1476877972525922.1073741828.1456859764527743/1894402210773494/

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