Eu, meu amigo Patrick e minha prima Isabela chegamos a Buenos Aires, na Argentina, vindos do Uruguai, mais precisamente de Colônia del Sacramento, pelo Buquebus – o navio que trafega pelo Rio La Plata, que separa os dois países. O início reservou algumas surpresas não muito agradáveis. Desci do barco, passei pela imigração (sim, pois estava chegando em um outro país) e descobri que era feriado na cidade. Para completar a surpresa, as casas de câmbio não estavam funcionando.
Ainda bem que conseguimos arrumar um taxista sem dificuldade e que aceitasse dólares. O motorista era bem legal. Foi dando dicas, dizendo que tal coisa era em tal lugar, etc. Não conseguia entender 100%, mas eu agia como se estivesse entendendo super (#soudessas) e, no fim das contas, até que deu pra pegar bastante coisa.
Já no Borges Hostel, onde nos hospedamos, tivemos um momento tenso: o atendente demorou para achar a reserva, negando que ela existisse. Só depois que mostrei os papéis com a confirmação é que ele resolveu verificar no computador e ficou tudo certo. Fomos para o quarto exclusivo para nós três e muito charmosinho, tinha umas flores pintadas na parede e banheiro com uma água tão quentinha e uma ducha muito gostosa! Adorei o local!
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Ainda sobre o hostel: O café da manhã era ótimo: tinha café, chá, leite, achocolatado, pão, manteiga, geléia, dulce de leche, bolo de erva doce… À noite o ambiente lá era bem bacana também, rolava uma musiquinha e os hóspedes ficavam por lanchando, bebendo uma Quilmes, batendo papo, ou navegando na internet.
E, nas ruas, muitas empanadas, salgado típico de lá, com todo tipo de recheio, inclusive, claro, dulce de leche, que era também o sabor preferido dos helados/sorvetes que tomava todo dia – e toda noite, mesmo frias. Delícias argentinas, saudades de vocês! =D
Você pode ler aqui sobre outros lugares que fui nesta mesma viagem: Como ir da Argentina para o Uruguai (ou vice-versa) de barco Uma tarde em Montevidéu, no Uruguai Passeio de um dia em Colônia del Sacramento
O que fazer em Buenos Aires
Depois da chegada, banho tomado, hora de sair para comer e começar os passeios em Buenos Aires. Bem na esquina do albergue tinha uma pizzaria. Perguntamos ao garçom se aceitavam dólares e, como ele disse que sim, sentamos e pedimos a pizza – deliciosa por sinal. Ao pagar, dei uma nota de 100 dólares, pois nenhum de nós tinha nota pequena e precisávamos de dinheiro trocado, o gerente não queria aceitar por ser valor alto, aí o garçom, que era todo fofo, disse que pagaria do bolso dele… Bom, aí acabamos usando uma nota pequena e seguimos sem dinheiro trocado.
Nas proximidades da pizzaria havia uma praça com vários bares e uma feirinha – uma das indicações do taxista. Era perto também da Rua Córdoba, com várias lojas de grandes marcas esportivas. Por lá ficamos perambulando até o fim do dia.
De volta ao albergue, encontrei uma conhecida que estava estudando em Buenos Aires e, megaultracoincidentemente, trabalhava no albergue! Descobri isso poucos dias antes de sair do Brasil quando mandei mensagem por email. Com a ajuda dela, pagamos, separadamente, nossa estadia em dólares e pedimos o troco em pesos.
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Jardim Japonês
Apesar do pouco tempo, fiz muitos passeios legais pelos pontos turísticos de Buenos Aires. Fui ao Largo de Palermo e ao Jardim Japonês, ambos próximos um do outro e do albergue. Esses na verdade nem são tão turísticos e, talvez por isso mesmo, são bem bacanas. Adoro esse tipo de passeio.
E no caminho até lá, percebi a arquitetura da cidade, o comércio, as ruas, os moradores: tudo aquilo que só é possível conhecer andando. Passear a pé – dentro do possível, claro – é realmente a melhor pedida em uma viagem. Mas vale dizer que em outros momentos, em alguns trechos, utilizamos também o metrô, que atende bem a cidade. Além disso, andar de táxi não é caro, ainda mais no nosso caso, que era dividido por três.
Obelisco e Plaza de Mayo
E não podiam faltar o tradicional Obelisco, na super larga e movimentada rua 9 de Julho; e a Plaza de Mayo, onde sentei para fazer um lanche e observar a vida local, outra coisa que gosto muito.
Ainda hoje, muita gente faz manifestações por lá, como por exemplo mães que perderam os filhos na ditadura. Os argentinos são tão revolucionários que, como disse o Patrick, parece que Che Guevara morreu ontem. Não entrei na Casa Rosada, apenas a conheci por fora. Mas é possível fazer esta visita.
Catedral
Fui também à catedral, que é belíssima por dentro.E é a igreja do Papa Francisco, que na época ainda não era Papa e eu nem o conhecia. Soube disso numa matéria recente que mostrou como era a vida dele na Argentina.
Em frente à igreja, na distração, quase fui atropelada, acreditam? Um susto! Mas não foi culpa minha e tenho justificativa: a rua tem mão tripla, e é no sentido contrário do que seria no Brasil. A gente fica meio confuso mesmo, né? Aí parei para tirar uma foto achando que a pista estava livre e veio um ônibus por trás!!!
Lá perto também fica a Calle Florida, uma rua cheia das mais diversas lojas. Bom para passar umas horas batendo perna…
Caminito
O Caminito, talvez o principal ponto turístico da cidade, é lindo! O tipo de lugarzinho que eu amo! Uma arquitetura toda colorida! Lojinhas de souvenirs e barzinhos com casais apresentando coreografias de tango em pequenos tablados na porta dos bares. Passei ainda no estádio do Boca Juniors – o La Bombonera, mas estava fechado para visitação.
No fim do dia, paramos para entrar, mais uma vez, nas lojas. Fazer compras em Buenos Aires estava compensando muito na época, confesso que extrapolei. =D
Zoo de Lujan
Fui também ao Zoo de Lujan. Não quero me estender nem vou ficar me justificando. Até pensei em omitir essa parte e não publicar nada, mas pra que fingir que não fiz algo que fiz? A gente muda, repensa e se arrepende… Mas, na época, achei legal entrar na jaula dos animais e acariciá-los! Hoje tenho noção da crueldade a que esses animais possivelmente são submetidos e não compactuaria com esse tipo de turismo. #mejulguem Inclusive fiz um texto explicando tudo isso.
El Ateneo
Outro lugar muito muito lindo é a Librería El Ateneo. Amei! Está, indiscutivelmente,no meu top 10 lugares favoritos no mundo. O local era antigamente um teatro chique e foi transformado em livraria.
O estilo arquitetônico da construção foi conservado, há pinturas no teto, cortinas vermelhas do antigo palco, iluminação do auditório… A cor predominante no seu interior é o dourado. El Ateneo é uma das melhores livrarias da Argentina e também do mundo. Pirei lá dentro! Tenho até um post específico que você pode ler aqui.
Uma observação minha: ao contrário de muitos brasileiros que nutrem uma rivalidade, eu gosto da Argentina e torço por eles até no futebol desde que Juan Pablo Sorín brilhou no meu time e se tornou meu ídolo, na época em que era também capitão da seleção argentina. Fui super de coração aberto e gostei muito.
E mais do que as pessoas, o que vale é a cidade em si que é linda e cheia de coisas para conhecer. Inclusive quero muito ir de novo para ver lugares que não tive tempo de visitar…
Sem dúvida uma viagem a Buenos Aires vale muito a pena!!!
Antes de viajar, faça um seguro!
Viajei um pouco com você nos seus comentários!!! Já fui duas vezes lá e gostei muito. Até dancei tango no Camenito!!! Comidas deliciosas, lugares lindos…
Que legal, Regina! Eu vou ter que voltar pra dançar o tango… rs Mas gostei muito de lá também!