New York, New York

Desde que viajar pelo mundo se tornou uma possibilidade real na minha vida, a cada dia surgem novos destinos na minha wishlist, que só cresce. Mas os Estados Unidos não era um deles. Aí um amigo foi, outro foi, outro foi também, aí todo mundo gostou, todo mundo me contou, todo mundo mostrou fotos, todo mundo falou que eu ia amar. E comecei a cogitar… um dia, se desse, quem sabe.

De tanto ficar pensando nisso, pesquisando, ouvindo histórias, fui mudando meu ponto de vista e cheguei à conclusão que Nova York, especificamente, precisava estar no meu, digamos, currículo. A mulher que quero ser, a profissional que quero ser, é uma pessoa que conhece Nova York, sabe? Dei entrada no pedido do visto americano (falo mais sobre isso em breve) e consegui por 10 anos. Eu teria um longo tempo para amadurecer a ideia, elaborar tudo melhor, me programar com calma e opaaaaa passagem em promoção! Comprei.

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A Marcelle, uma amiga de Minas que há alguns anos mora lá, me ofereceu hospedagem. O Fernando, um amigo do Rio, estaria lá na mesma data. Eu, que sou sempre planejadíssima, fui vendo o universo conspirar a meu favor na primeira vez em que resolvi algo de supetão.

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Uma semana em NYC: o que fazer

Em uma semana em NYC (New York City para os não íntimos rs) deu pra passear bastante.Teve quem dissesse que seria superpouco. Teve quem dissesse que era o período ideal. Teve até quem achasse muito. Eu acho que, com mais dias, teria feito as coisas com mais calma ou, talvez, um ou outro passeio a mais que ficou faltando. Por outro lado, já estava no meu limite da exaustão e pode ser que, se tivesse um dia a mais, ficasse dormindo. No geral, acho que foi bom e, listando prioridades e fazendo algumas escolhas, consegui aproveitar bem meus dias por lá. Antes de ir, fiz também um roteirinho separando atrações pela proximidade. Assim eu não correria o risco de perder tempo me deslocando para fazer pontos distantes no mesmo dia.

Quando cheguei, de dentro do aeroporto vi como o dia estava ensolarado. Fiquei feliz, porque tudo o que li de previsões falava em muito frio. Comprei meu ticket para pegar o trem até Manhattan (eu estava em New Jersey) e, quando saí para a plataforma, a sensação é que minhas mãos iam gangrenar. Eu não havia me tocado que há aquecimento interno nos locais. Mesmo no sol, eu não estava aguentando. O vento cortava! 12 graus para uma pessoa que se enrola no edredom quando a temperatura baixa de 25 é quase ponto de congelamento! Foi essa a média do clima, mas sempre com dias belíssimos e ensolarados, de começo de primavera, com algumas flores já surgindo, em contraste com as árvores ainda secas.

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Pontos turísticos em NYC

O primeiro lugar que visitei foi o Porto do Brooklyn, logo no primeiro dia. Não é um lugar exatamente turístico, é mais frequentado pelos locais. A Marcelle me levou para passear lá e foi ótimo. Das margens do Rio East se vê Manhattan, a Ponte do Brooklyn e, bem ao longe e bem pequena, a Estátua da Liberdade.

É uma caminhada superbacana, tomamos um sorvetinho mesmo com frio e ainda pegamos um pôr do sol deslumbrante!

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A partir do dia seguinte comecei a fazer o roteiro turístico basicão, tentando encaixar tudo o que foi possível. Comecei pela Times Square. Não sei descrever. É aquilo que a gente vê nos filmes, aquele mundo de gente, de cores, de luzes, de anúncios, de pessoas fantasiadas de Mickey, de mulheres peladas, de prédios imensos, de mil lojas, de sons e de mais algumas coisas. E esse não é um ponto de vista negativo, muito pelo contrário. Tanto que praticamente todos os dias dei um pulinho por lá.

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DSCN0082Passei no Bryant Park, fui à Biblioteca Pública que achei um deslumbre de tão maravilhosa (daqueles lugares que dá vontade de morar lá dentro), à Grand Central Station e ao Rockefeller Center. Muita gente tem dúvida entre subir no Top of The Rock ou no Empire State Building, muita gente sobe nos dois. Ouvi todos os tipos de opinião e resolvi começar pelo Top of The Rock. que fica no 70 andar do Rockefeller Center, se vê, de um lado, o Central Parque todinho e, do outro, o próprio Empire State.

Custei a conseguir chegar na beirada, porque é inevitável um friozinho na barriga, mas certamente vale muito a pena. Depois, se desse, iria também ao Empire, o que acabou não rolando. Em frente o Rockefeller fica a igreja St. Patricks Cathedral, que é linda, em estilo gótico e tem uma torneirinha com água benta (não dispenso).

Quanto aos museus, escolhi priorizar o Metropolitan (MET) e o de Arte Moderna (MoMA). Pulei o de História Natural porque bicho empalhado (aliás, nem vivo) não é exatamente a minha praia. E coloquei o Guggenhein como opção se desse tempo. Mas acabei fazendo só MET e MoMA mesmo. Imensos, é claro que não desbravei os museus inteiros. Fiz um pela manhã e um à tarde. Pelo guia, fui direto nas sessões que mais me interessavam. Uma decepção: eu e Fernando fizemos uma verdadeira caça à ‘selfie’ da Frida Kahlo no MoMA. Passamos mil vezes pelas mesmas salas, baixamos o aplicativo, procuramos, até que resolvemos perguntar e o carinha explicou que, desde a semana anterior, não estava mais lá.

O passeio à Estátua da Liberdade é feito de barco. O frio cortava, apesar de ter sido o dia de mais sol. Eu de luvas, gorro, segunda pele por baixo da blusa de lã e congelando. O trajeto é relativamente rápido e, à medida que o barco se afasta, dá para ter uma bela vista de Manhattan. Acho que existe também uma opção de visita agendada, paga à parte, que permite subir na estátua, mas eu fiz só o básico mesmo.

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Na volta, o barco para em Elis Island, local onde os primeiros imigrantes chegavam aos Estados Unidos. A descida lá é opcional. Eu, já que estava ali, desci e visitei o Museu do Imigrante, mas não achei muito atrativo, embora seja um local bem bonito. De lá, peguei novamente o barco para Manhattan e segui para o distrito financeiro, Wall Street, onde tem o famoso touro de bronze. Reza a lenda que passar a mão nos testículos dele atrai dinheiro. Na dúvida, fui com tudo. Vai que…

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DSCN0216Mais ou menos nessa mesma região fica o Memorial 9/11, construído na área onde ficava o World Trade Center. Um novo prédio foi erguido e, ao redor, duas construções onde uma água escorre e, nas laterais, há o nome de todas as vítimas.

A sensação de estar ali foi bem pesada, pelo menos para mim. Chorei. E olha que nem fui ao museu onde, dizem, é possível ouvir gritos originais do momento da queda das torres gêmeas, além de ver objetos pessoais dos mortos. Não, obrigada.

Para dar uma baixada na tensão, entrei na Trinity Church, igreja mais antiga dos Estados Unidos, que sequer se abalou quando os aviões derrubaram as torres.

Central Park é uma imensidão. Eu nunca tive a pretensão de conhecê-lo por inteiro ou de tirar um dia apenas para isso. Até listei alguns lugares que gostaria de ver, levei um mapinha, mas, estando lá, vi que o que se tem de melhor a fazer é apreciar com calma, andar, sentar num banco, ver as pessoas, um pouco num dia, um pouco no outro, sem se preocupar em ‘fazer turismo’. Sendo assim, não fui a nenhum dos pontos específicos do parque que tinha listado, mas acho que pude curtir muito mais.

A grande maioria das árvores ainda estava bem seca, mas algumas flores e um pouco de verde já começavam a aparecer no início da primavera. Essa foto abaixo é minha preferida da viagem toda, quiçá da vida.DSCN0386

Outro parque (or something like that) lindo é o High Line, criado recentemente sobre uma antiga linha de trem desativada. É enorme! Eu peguei pela metade e fui descendo até a ponta. Delícia de lugar. Ainda fui de bondinho para Roosevelt Island. Lá não há muito o que fazer, é só mesmo para ter uma vista de outro ângulo e pelo passeio em si, que é legal.

Fiz também uma visita guiada à sede da ONU e amei. Passamos por todas as salas, em algumas estava havendo sessão, em outras dava para entrar, sentar, ouvir a explicação é tirar fotos. Para quem curte esse tipo de programa, indico. Mas tem que se programar bem e, com antecedência, entrar no site e comprar, já com data e horário marcado, além de chegar 30 minutos antes para os procedimentos de segurança, que são similares aos de aeroportos.

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Entre uma andança e outra, passei, é claro, por vários lugares bacanas: o prédio da Vogue (onde foi gravado o “Diabo Veste Prada”), a Casa da Carrie Bradshaw (onde eram gravadas as cenas externas do Sex and the City #mejulguem), as esculturas Love e Hope, o Flatiron, a Magnolia Bakery com seus cupcakes maravilhosos e suas filas imensas, praças, parques, flores, arranha-céus… love-hope

Nas lojas entrei basicamente só para fazer turismo mesmo, não sou de compras e, pra falar a verdade,embora tenha achado todas elas maravilhosas, não vi nada que me enchesse os olhos ou me desse vontade de ter. MM’s, FAO Shwarks, Disney, Macys (considerada a maior loja do mundo), Apple, o Columbus Circle, que é um shopping, Century 21, Forever 21, B&H (onde comprei uma câmera fotográfica) e as farmácias, onde se compra de um tudo, desde as encomendas que eu tinha, itens de maquiagem, comidas orgânicas, comida japonesa, industrializados no geral e o iogurte mais maravilhoso que já tomei (#saudadeseternas). Ah, e ainda fiz um bate volta de NYC a Washington.

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O que não deu para fazer

A Brooklyn Bridge eu deixei para o último dia. Meu voo era à tarde, então ficaria pelo Brooklyn, onde estava hospedada, de manhã e depois seguiria para o aeroporto. Só que choveu horrores! Até fui até lá, mas não dava nem para ver a ponte de tanta neblina/chuva. E o espetáculo da Broadway também ficou para uma próxima. Eu sei que é tudo lindo, que vale pagar caro, mas é aquela questão de prioridades. Se o dinheiro não dá para tudo, é preciso escolher e trocar um programa (ou uma compra) por outro. Mas tudo bem, um dia eu volto. Porque devem ter atrações para, no mínimo, mas umas 10 mil idas a Nova York. E por que não?

Para ler ouvindo:
http://www.youtube.com/watch?v=AV5DlNpWeEo

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