“Fiquei três meses em Boyne Falls, Michigan, nos Estados Unidos, um vilarejo de aproximadamente 400 habitantes, onde trabalhei como Housekeeping no hotel Bluegreen Vacations. Fui com meu namorado, William, e morava no alojamento dos empregados do hotel, onde dividia quarto com mais duas meninas. Antes já tinha ido a passeio a Nova York em 2012, mas sempre foi um sonho ter alguma experiência fora. Como já tinha em vista o programa Work and Travel e um dos pré requisitos era estar na faculdade, as férias de 2014/2015 eram minha última chance. Conversei com meus pais, já que o investimento é um pouco alto, e tive apoio total da minha família.
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Pelo Work and Travel, com o visto J1, você é empregada em um trabalho temporário de três a quatro meses e tem visto disponível para mais um mês de turismo. Já falava um pouco de inglês, mas o tempo que passei lá foi muito importante para melhorar. Ver TV, conversar e só ouvir no idioma ajuda bastante. Minha maior dificuldade foi o clima. Fui em temporada de inverno, as temperaturas eram bem baixas, a constante era aproximadamente -13º e a mais baixa foi -29º. O céu sempre nublado e a paisagem completamente branca me deixavam para baixo em alguns dias.
Mas não tive nenhum problema por ser estrangeira, pelo contrário, todos se mostravam dispostos em prestar ajuda e tirar dúvidas frequentes, que ocorriam principalmente no supermercado. Como tinha que voltar a tempo da faculdade, trabalhei dois meses e meio e viajei 12 dias, sendo três em Chicago, oito em Nova York, e o último em Washington DC, mas só pro vôo de volta, não deu pra visitar, infelizmente. Voltar para o Brasil foi tão difícil quanto ir. Pensar que os amigos que fiz e o pessoal do trabalho são pessoas que provavelmente eu nunca mais verei…
Os ganhos em viver uma experiência como essa são imensos. Pretendo repetir, quem sabe estudando desta vez. O maior ganho pessoal é o quanto a cabeça abre para diversas coisas, você passa a julgar menos a cultura diferente, se conhece mais, dá valor ao que tem e, principalmente, perde o medo de se arriscar em novas experiências. O ganho profissional, particularmente, veio com a língua estrangeira e a experiência internacional. Você pode não ser contratado apenas por ter isto no currículo, mas é uma enorme ajuda para não ser descartado logo de cara.”
Por Marília Israel, Arquiteta, mineira
Fotos: Arquivo Pessoal
Antes de viajar para o exterior, faça um seguro!
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