Aracaju além das praias: cultura e beleza no Centro Histórico

Nem só de praia vivem as cidades litorâneas! Geralmente quando a gente viaja para uma cidade que tem mar, ainda mais no Nordeste, acaba ficando só nisso, né? Mas, como até já falei em outros textos, gosto sempre de buscar outros tipos de atrativos e foi assim que conheci o Centro Histórico de Aracaju.

Até porque ficar só na praia todo dia acaba sendo meio cansativo, ainda que, no caso de Aracaju, haja várias praias diferentes e também os passeios bate e volta, como os Cânions do Xingó, o encontro do Rio São Francisco com o mar e a cidade de Mangue Seco, na Bahia.

Então, se a capital sergipana é seu destino, deixo aqui a minha dica para, além disso tudo, reservar um dia para conhecer essa região, que tem alguns lugares muito muito bacanas mesmo! Ele foi todo revitalizado, então vários desses lugares funcionam em antigos casarões – só as construções já valeriam uma passadinha. Dá para fazer também um tour guiado:

Tour por Aracaju

Centro Histórico de Aracaju: como chegar

Para a maioria dos turistas a opção de hospedagem em Aracaju é o bairro de Atalaia, o mais turístico da cidade. Então vou partir desse princípio para começar o roteiro…

Na Orla de Atalaia há ônibus para o Centro Histórico, é só perguntar em algum quiosque ou no próprio hotel/pousada. Eu parei um pouco antes, no Mirante da 13 de Julho. Vê só como ficou meu roteirinho:

Mirante da 13 de Julho

Ele não é muito alto e, quando cheguei, fiquei na dúvida se estava no lugar certo. Mas estava. E, mesmo com a pouca altura, tem uma vista para o manguezal e o encontro do Rio Sergipe com o mar. E só subir alguns degraus da escadinha em caracol.

Quando eu fui (março) estava tudo bem seco, mas deu para ter uma noção do visual. Além disso, lá acontecem exposições e eventos culturais. A moça da recepção foi uma graça e me deu panfletos, mapas e muitas dicas para os demais passeios.

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Calçadão Formosa Aracaju

Do Mirante começa o calçadão, com 5 km de extensão às margens do Rio Sergipe, e muito espaço para praticar esportes, com pista de ciclismo, de corrida, parquinhos e quadras. Esse calçadão segue até o Centro e, se você tiver disposição, um calçado bem confortável ou, talvez, uma bicicleta, vale ir curtindo o espaço…

Mas não é assim tão perto. Sugiro pegar outro ônibus ou um táxi (cerca de 10 reais) e saltar no Museu da Gente Sergipana. De lá todos os outros locais ficam próximos e aí é tranquilo (e recomendável) fazer tudo a pé mesmo.

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Museu da Gente Sergipana

Sem a menor dúvida um dos museus mais legais que já fui – em breve vai ter um post só pra ele. Por fora, um símbolo arquitetônico local. Por dentro, todo moderno e interativo, proporcionando quase uma imersão na história do estado, seus costumes e seu povo. Tem artesanato, culinária, fauna e flora, festas, personalidades, literatura de cordel, repentes e muito mais. Muito colorido, organizado, cada setor com guias atenciosos e bem preparados. E o melhor: de graça!

Eu estava bem cansada, muito sol, tinha chegado naquele dia, mas quando entrei no museu foi como uma injeção de ânimo! Que lugar maravilhoso!

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Ponte do Imperador

Apesar do nome, ela não é uma ponte! É apenas um píer (aliás um belíssimo píer!) no Rio Sergipe, construído para ancorar o barco a vapor que, em 1860, trouxe D. Pedro II e Dona Tereza Cristina à cidade.

Depois desse período, funcionou por muitos anos como o porto que levava e trazia mercadorias para Aracaju. Hoje é apenas um espaço de lazer. Atenção para as figuras que simbolizam esculturas de índios.

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Palácio Museu Olímpio Campos

Construção com influência neoclássica no período do Império, teve todas as paredes originais reconstruídas, mas passou por mudanças na fachada e no interior no início do século XX. Já funcionou como sede do Governo do Estado e residência do governador. Hoje também recebe exposições fotográficas, mostras de artistas, lançamentos de livros, entre outros.

Há visitas guiadas em determinados horários. Quando passei por lá, já não teria mais naquele dia, só no dia seguinte. Então acabei não indo, mas, da entrada já pude ver um pouco da beleza.

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Centro Cultural de Aracaju

Gostei muito também do Centro Cultural de Aracaju, no antigo prédio da alfândega, com visita guiada gratuita em determinados horários. É só chegar, ver qual o próximo (acho que é a cada 30 minutos) e aguardar, já que não é permitido visitar por conta própria.

Dependendo do tempo de espera, dá para dar uma volta em outro local próximo. Nesse passeio é possível conhecer tanto a parte histórica e política como a cultural. Acho que é um local que complementa a ida ao Museu da Gente Sergipana.

Tem até um carrossel que era famoso em uma praça da cidade, o “Carrossel do Tobias”, com direito a um boneco representando o Tobias. E as bonequinhas de pano, de palha e outros materiais locais? Fiquei apaixonada, cada uma mais lindinha.

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Espaço Zé Peixe

Zé Peixe – apelido carinhoso de José Martins Ribeiro Nunes – foi uma figura icônica da cidade, um pescador que nadava nas águas do Rio Sergipe ajudando a guiar as embarcações por caminhos mais seguros. Diz a lenda que já chegou a nadar até 13 quilômetros.

No local (que é gratuito) há um memorial em homenagem a ele, com itens que fizeram parte de sua trajetória, além de uma estátua de frente para o rio e bem na posição que ele saltava. Tem uma estátua dele também na entrada do Museu da Gente Sergipana.

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Mercados Municipais

No plural, porque são três, que ficam meio juntos, com uma praça no meio. São os Mercados Municipais Antônio Franco, Thales Ferraz e Albano Franco. Neles a gente encontra artesanato popular, temperos, comidas típicas do estado, literatura de cordel e muito mais.

Eu amo esse tipo de mercado e passei um bom tempo batendo perna por lá. Mas me contive e a única coisa que comprei foi um par de sandálias! Ah, quem quiser almoçar, há opções de restaurantes também.

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Leia também:
Onde comer em Aracaju na Orla de Atalaia

Igreja de Santo Antônio

Um pouco acima, na Colina de Santo Antônio, fica uma igreja com o mesmo nome. Dos mercados dá para pegar um táxi, porque é uma subidinha. O local é considerado o marco zero, a partir do qual a cidade foi fundada e, de lá, se tem uma vista panorâmica.

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Curiosidade: Li que o Centro Histórico de Aracaju foi planejado no formato de um tabuleiro de xadrez, com todas as ruas projetadas geometricamente. Não consegui identificar isso (nem pelo mapa nem muito menos andando), mas fica aí a informação!

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