Março é o mês em que muito se fala de nós mulheres, dos nossos direitos, das nossas conquistas, das nossas lutas. Por ter o Dia Internacional da Mulher (08/03), acaba sendo uma oportunidade para se levantar discussões que talvez em 2017 já nem devessem mais existir, mas ainda existem – o que só mostra o quanto a luta ainda é importante – e eu sou (ou tento ser, dentro do possível) muito engajada nela. Meu check-in com os preferidos desse mês tem muito a ver com o tema… Vem ver!
Para ler meu check-in dos outros meses clique aqui.
Na playlist
Eu adoro a letra dessa música e, principalmente, a cena do filme “Lisbela e o Prisioneiro”, em que ela toca (na voz da deusa Elza Soares) enquanto a personagem da Virgínia Cavendish tenta se recompor enquanto seu amado, interpretado por Selton Melo, vai embora no caminhão. Uma das cenas icônicas do cinema para mim. Não é uma música que eu ouço com frequência (nem sem frequência rs), mas estive no Nordeste e a ouvi sendo tocada ao vivo por um grupo ótimo no restaurante Cariri de Aracaju. Aí voltou à minha cabeça…
Na cabeceira
Terminei, enfim, a autobiografia da Rita Lee. Minha mania de começar vários livros ao mesmo tempo, chega uma hora que preciso parar e focar em cada um até terminar todos. Eu gosto muito de biografias, de conhecer a “pessoa além do artista”, e sou fã da Rita – uma pena não ter ido a nenhum show para vê-la de perto antes que se despedisse dos palcos. Sobre o livro, confesso que achei meio arrastado em algumas partes e fiquei meio perdida em outras, já que ela segue uma cronologia e essas voltas nem sempre são bem amarradas. Mas achei o conteúdo bom, divertido, com informações também, curiosidades… gostei de saber mais da história, as fotos são legais demais (as legendas mais ainda) e o saldo final foi positivo.
Na telona
Estrelas Além do Tempo (originalmente “Hidden Figures” – em tradução literal para o português, Figuras Ocultas, que é um nome que faz muito mais sentido) é meu escolhido do mês. Baseado em uma história real, tem como protagonistas as atrizes Octavia Spencer, Taraji P. Henson e Janelle Monáe (sim, a cantora). S são três mulheres negras, americanas, que vivem nos Estados Unidos dos anos 1960, época em que a segregação racial ainda vigorava de forma legal no país. Além disso, são mulheres que trabalham na Nasa e têm um papel fundamental no desenvolvimento das tecnologias que possibilitaram a ida do primeiro homem ao espaço. O filme levanta questões de gênero e de raça, mostra o preconceito de forma dura, emociona e faz pensar! Maravilhoso!
Na mídia
Vou puxar a sardinha para mim mesma, mas juro que o motivo é mais do que nobre. No meu “trabalho oficial” (o blog ainda é só um hobby), fiz uma entrevista com Dona Ilaídes, mãe do goleiro Danilo, que faleceu na tragédia da Chapecoense. Aquela que abraçou um repórter para consolá-lo, protagonizando uma das cenas mais emocionantes entre tantas que ficaram eternizadas na cobertura do acidente. E, mesmo fragilizada, conseguiu enxergar a dor do outro e transmitir força a quem também estava passando por um momento de sofrimento. Nossa entrevista foi por telefone. Ela falou sobre sua história de vida, a tragédia e a superação. Chorou algumas vezes e eu, aqui do outro lado, me segurei como pude – mas, às vezes, confesso, não dava. Depois, a linha tênue entre fazer uma matéria sensível, mas que em momento algum tendesse para o sensacionalismo. Me emocionei transcrevendo a gravação, me emocionei redigindo, me emocionei lendo e acredito que muita gente se emocionou lendo também. Essa mulher é um exemplo! Tão humilde, tão sábia. Esse trecho é um dos mais marcantes: “Talvez seja até meio cedo para falar que estou forte, porque a gente não sabe o dia de amanhã. Hoje estou em pé, mas amanhã não sei. Eu continuo tentando superar cada momento que passa, mas não é fácil. A cada dia a saudade aumenta e você vai tendo a certeza de que não vai ver mais aquela pessoa. Mas nada do que eu fizer vai trazer ele de volta, então a gente tem que tentar ficar o mais forte possível. Não adianta se desesperar, não adianta querer abandonar o trabalho, abandonar a família, porque as coisas continuam, a vida anda. É chorar quando tiver de chorar, mas continuar lutando, continuar a batalha. O mundo não para pra gente sofrer”… Dona Ilaídes, obrigada pela nossa conversa, obrigada por compartilhar comigo sua história, sua dor e sua força.
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Na mala
Essa almofada de pescoço combinandinha com a tag de mala é demais, né? E as duas são totalmente personalizadas, para ficarem com cara do blog! Quem faz (não só esses itens, mas muitos outros, sempre com foco na personalização) são as meninas da Cereja Design, que conheci pelo Instagram. A tag foi uma encomenda das integrantes do coletivo De Viagem em Viagem antes da press trip para Paraty e, por um erro dos Correios, não chegou a tempo. Para compensar – agora você presta bem atenção, porque é raro, raríssimo, hoje em dia uma empresa fazer isso – elas fizeram a almofadinha e enviaram de brinde, de surpresa! E nem foi só para mim, éramos 12! Demonstração total de respeito com o consumidor, além do carinho e muito capricho com os produtos. Não tem como não ficar encantada com o trabalho delas. Meu “combo” tem ido sempre comigo pra onde eu vou!
https://www.instagram.com/p/BP2WvlrDut1/
Na wishlist
Ando pesquisando sobre livros e outros materiais didáticos que possam ajudar na construção da autoestima de meninas, para que cresçam mais confiantes e seguras de si (tem a ver com o projeto que comentei no Check-in no começo do ano). E, independente disso, é um tema no qual tenho profundo interesse também – uma coisa leva à outra. Numa dessas cheguei a esse lançamento da V&R Editoras Brasil que conta a história de 100 mulheres extraordinárias do passado e do presente que superaram todas as dificuldades e deixaram suas marcas na história. “Cem histórias que provam a força de um coração confiante: o poder de mudar o mundo”, diz uma das chamadas. Ansiosa para comprar, ler e poder repassar essas histórias a muitas e muitas meninas, para cada vez mais vê-las deixando marcas positivas por aí!
https://www.facebook.com/vreditorasbr/photos/a.266467406803897.59858.254012268049411/1157891540994808/
Feliz por…
Fiz uma transmissão ao vivo pela primeira vez na página do blog no Facebook e, embora estivesse nervosíssima, achando que ia travar, eu me senti super a vontade e gostei muito. Sempre fui resistente com vídeos, até por não ser meu formato preferido para “consumir” informação. Além disso, não tenho tempo (nem habilidades) para editar e fazer de forma bonitinha. Daí que, mesmo com algumas ideias em mente – mais nessa linha do bate-papo, mais natural mesmo – eu ia deixando passar. Até que achei que o Dia da Mulher poderia ser uma data interessante para falar sobre viajar sozinha e sobre nossos direitos de um modo geral – temas de um post que eu tinha escrito para a data. Entrei ao vivo e, para minha surpresa, foram 40 minutos de duração (só notei isso depois que acabou). A repercussão foi bem bacana, mesmo quem não viu na hora assistiu depois, já que eu deixei publicado na fan page. E isso me deixou feliz demais e me animou a continuar. A ideia agora é fazer uma transmissão por mês, cada vez com um tema diferente e, quem sabe, convidados falando de outros assuntos. Aguardem! 🙂