“Então minha vida se transformou… Por mais de 20 anos vivia a cuidar de outras pessoas. Um dia percebi que precisava partir, iniciar uma nova jornada, viver a minha vida. Viajar sozinha era um sonho muito distante, sonho mesmo sabe?! Imaginava como seria chegar em uma cidade sem conhecer nada e ninguém, como seria andar pelos lugares, o que fazer, onde ir…
Ficar sozinha não era uma preocupação, fico bem em minha companhia. O que eu precisava era de coragem para iniciar. Até que chegou o dia, era uma quinta-feira, entrei em uma agência e comprei uma viagem para a terça-feira seguinte e lá fui eu! rsrs
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Passei oito dias em Natal! Conheci a Paraíba também, foi maravilhoso! Fiz amizades incríveis que permanecem até hoje, experimentei sentimentos e sensações que eu nunca tinha vivido antes. O resultado dessa viagem foi que entre outras pessoas maravilhosas, conheci duas cariocas, combinamos de nos encontrar no mês seguinte, nosso encontro aconteceu e virou um grupo de passeios, hoje o grupo tem sete mulheres.
Viajar sozinha, não significa ficar sozinha. Ao contrário. Hoje quando quero ficar sozinha tenho que fugir um pouco. Rsrs Acontece sem esforço, quando vejo já estou conversando. É verdade que alguns temperamentos ajudam na aproximação, mas mesmo as pessoas mais tímidas conseguem. Se você se oferecer para fotografar as pessoas é quase impossível não se iniciar uma conversa, essa tática dá muito certo.
O fato de ser mulher não significa que só fará amizade com mulher, tenho conhecido pessoas de vários lugares, contemplando famílias, casais, mulheres e homens, independente de origem, idade, orientação sexual ou quaisquer rotulagem.
Por onde passo experimento mais do que conhecer lugares, cada viagem me proporciona troca de conhecimento, aprendizado e reflexão. Se me perguntarem qual é o meu estilo de viajante, respondo que meu estilo é livre. Gosto da simplicidade de tomar um cafezinho no casebre do nativo e também de conhecer o mais badalado ponto turístico.
Como todo viajante que se preza, também tenho minhas neuras, dicas e passo meus perrengues!!! Uma neura: não consigo parar de olhar para o painel de voos no aeroporto, meeeedo de perder o voo. Uma dica: assim que chego na cidade procuro o supermercado, banco e farmácia, assim me localizo e não fico refém de pagar caro por comida. Um perrengue: tirar fotos! haha Viajar sozinha me tornou uma especialista em selfie.
Viajar só não é para todas as pessoas, mas todas as pessoas que desejam devem experimentar. A viagem começa muito antes do embarque, começa na imaginação, no sonho, no acreditar que pode.”
Texto: Luciana Soares
Fotos: Arquivo Pessoal / Instagram @caminhosdalu
Já viajou sozinha e quer ver seu relato publicado aqui?
Me escreve no mariana@marianaviaja.com