A pergunta que minha mãe sempre me faz é o título desse livro incrível da Gaía Passarelli, que é jornalista – já foi da MTV, da Rede Cultura, de vários jornais e revistas – e autora do blog de viagens How to travel light.
E se o título por si só já despertou toda a minha identificação, isso ficou ainda mais claro quando comecei a leitura. Nesse texto conto um pouco das minhas impressões sobre “Mas você vai sozinha?” (Editora Globo).
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Viajando no livro…
Logo de cara ela diz que o livro não é um manual de como ser cool (ainda bem, porque esses tipo de coisa me enche de preguiçzzzz…) “É sobre coisas que fazemos quando estamos viajando. Não é sobre viajar para encontrar seu verdadeiro eu, lugares aonde você “tem que ir”, clichês tipo “largar tudo e conhecer o mundo”, desenvolver superpoderes. É sobre não dar desculpas e ir viver a sua vida”. Pronto, me ganhou de vez.
Não tinha nenhuma dúvida de que ia gostar bastante. Sabe quando você quer ler mais e mais e mais, mas, ao mesmo tempo, não quer que o livro acabe? Foi desse jeito.
Cheguei de volta das férias, encontrei meu exemplar gentilmente enviado pela editora e passei o fim de semana mergulhada nele, viajando por São Francisco, Machu Picchu, Itatiaia, Índia, Nova York e vários outros lugares…
A Gaía escreve de um jeito que é como se estivesse conversando com a gente. Em certos momentos eu até respondia ou contava alguma lembrança das minhas viagens também! Interação com livros, quem nunca?
Livro: Mas você vai sozinha?
Gostei muito também da estrutura dos textos, divididos por lugares. Os capítulos sempre começam com as crônicas e, no fim de cada um, as informações mais práticas sobre o destino. Mas tudo com a cara e o jeito dela.
Sem falar nas ilustrações de Anália Morais, que são uma coisa de tão lindas, nível quero colocar em quadrinhos na parede! <3
No fim foi aquela sensação triste de já ter acabado, misturada com a vontade de ler mais algumas histórias e/ou de fazer as malas. Quando sai o volume dois? Quando sai o próximo avião?
Veja mais sobre o livro:
Viajar sozinha
Se ser mulher já não é fácil nem no quarteirão da nossa casa (às vezes nem dentro dela!), ser mulher viajando sozinha pelo mundo é mais difícil ainda. Envolve uma série de expectativas, medos, alegrias, perrengues, julgamentos e opiniões muitas vezes descabidas dos outros… Às vezes bate até uma dúvida se realmente estamos em 2016quase2017, pq né? Puxado!
É preciso, sim, uma certa dose de coragem. Mas, por outro lado, estar na própria companhia é uma sensação tão boa de, como ela mesma diz na frase que já citei lá no início, viver sua própria vida. Ir para onde quiser, quando quiser, da forma que quiser, fazer suas escolhas do seu jeito, no seu tempo.
Já disse que não sou do tipo que acha que que toda mulher tem que viajar sozinha pelo menos uma vez.
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Ninguém “tem que” nada e cada um com sua vida e suas escolhas. Eu só acho que ao querer fazer algo – viajar, no caso – e deixar de fazer, deixar de tentar algo que sonha porque não tem uma companhia naquele momento, você só tem a perder. Por aqui, sigo fazendo coro com Caetano: Eu vou, por que não?
Para ler ouvindo:
Adorei o post, fiquei curiosa e com vontade de ler o livro. 😉
Muito bom post, toda mulher tem que ter o direito e saber que pode viajar sozinha se quiser.