Os livros escritos por mulheres que vou indicar aqui foram os escolhidos no amigo oculto literário entre blogueiras de viagem que aconteceu no fim do ano passado/início deste ano. Como não foi presencial, já que estamos espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, alguns demoraram a chegar e eu estava esperando todas terem recebido para poder publicar a lista completa.
A ideia inicial foi da Klécia, do blog Fui Ser Viajante, e de cara eu amei. Ela tem um projeto incrível chamado Legendi Mundi, que é uma volta ao mundo com a literatura escrita por mulheres. Inclusive conversei sobre isso com ela em um dos meus vídeos da primeira temporada, vou deixar aqui para quem quiser assistir e conhecer mais.
Livros escritos por mulheres
Tendo o projeto como gancho, a proposta do amigo oculto era presentear com livros de autoras femininas, independente de estilo, nacionalidade, enfim, não havia nenhum outro critério, apenas que tivesse sido escrito por uma mulher. E assim tivemos uma variedade de títulos, com livros feministas, livros com protagonistas femininas fortes, entre outros.
Vou começar falando do que ganhei e, dos demais, vou colocar uma breve sinopse – alguns eu já li, outros ainda não, mas todos já estão na lista. 😉
Leia também:
Livros com histórias de mulheres pelo mundo
Livros para ir a Paris sem sair de casa
O segredo entre nós, de Thrity Umrigar (Globo Livros)
Gosto de histórias de mulheres fortes (reais ou fictícias, mas não fantasiosas), principalmente em lugares e culturas diferentes da nossa – não que eu não goste de outras coisas, pelo contrário, leio de um tudo… Aí vi uma foto no Instagram da editora e a legenda dizia “Obra perfeita para quem gosta de histórias envolventes e emocionantes, retrata a sociedade indiana enquanto apresenta personagens femininas inspiradoras.” Achei que tinha tudo a ver, coloquei na lista e ganhei.
É a história de uma mulher pobre, demitida da casa de uma família de classe média alta onde foi doméstica por mais de 20 anos. Sua vida toma um novo rumo quando seu caminho se cruza com o de uma mulher mais velha e amarga. As duas fazem uma sociedade em uma barraca de frutas, se tornam mais próximas e conversam sobre os percalços de suas vidas, tudo tendo a cultura indiana como pano de fundo.
Minhas queridas, de Clarice Lispector (Rocco)
São mais de 100 cartas que Clarice escreveu para suas irmãs, Tânia e Elisa, nas décadas de 40 e 50, enquanto estava viajando por diversos países para acompanhar o marido, que era diplomata.
Um dia ainda vamos rir de tudo isso, de Ruth Manus (Sextante)
Coletânea das crônicas publicadas pela autora no jornal Estadão, além de algumas inéditas, mas todas com um estilo bem pessoal e fazendo um relato de temas atuais, com os quais todo mundo se identifica de alguma maneira.
O menino múltiplo, de Andrée Chedid (Martin Claret)
Um menino de 11 anos, filho de pai muçulmano egípcio e mãe católica libanesa, é enviado a Paris depois de um carro-bomba matar seus pais e ele perder o braço. Lá ele se encanta e reencontra a alegria de viver.
O sol é para todos, Harper Lee (José Olympio)
Uma história forte sobre racismo, tolerância e justiça (ou injustiça), que conta sobre as represálias sofridas por um negro acusado de estuprar uma mulher branca na década de 30 nos Estados Unidos.
Os bebês de Auschwitz, de Wendy Holden (Globo Livros)
Relato comovente sobre a história de três jovens judias que chegaram grávidas a Auschwitz e resistiram aos campos de concentração com a esperança de conhecerem seus filhos. Fala de coragem, persistência e amor.
Queria ter ficado mais (Lote 42)
São 12 textos, de diferentes autoras, sobre diferentes cidades do mundo. E cada capítulo fica em uma folha solta, dobrada e colocada em um envelope, como se fosse uma carta enviada de cada lugar.
Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie (Cia das Letras)
Narrado por uma adolescente que fala sobre a religiosidade católica branca de seu pai, nigeriano, e de como todas essas fazem mal para toda sua família. Mostra um pouco sobre a Nigéria atual e fala de intolerância.
Bad Feminist, de Roxane Gay (Novo Século)
Ensaios sobre a evolução da própria autora como mulher negra. Fala do feminismo atual e suas contradições, além de temas como racismo, violência, cultura, política, de forma afiada e divertida.
Bravas Viajantes (O Viajante)
Sete mulheres contam suas histórias viajando sozinhas por lugares do Brasil e do exterior e de como essas experiências ajudaram cada uma delas a perceber a força que têm e comprovaram que o lugar delas é no mundo.
Quem tem medo do feminismo negro, de Djamila Ribeiro (Cia das Letras)
Textos autobiográficos publicados no blog da revista Carta Capital. A autora fala de silenciamento, processo de apagamento da personalidade, discriminação, intolerância, ataques a celebridades negras, entre outros temas.
Histórias para viajar, de Amanda Noventa
Crônicas de viagem publicadas no Estadão, além de alguns inéditos, sobre viajar sozinha, morar fora, dinheiro para viajar e outras histórias de uma viajante independente para outros viajantes independentes.
Além desses, sei que há muita literatura feminina boa por aí e acho importante a gente valorizar as escritoras e ler mais mulheres. Quem tiver mais sugestões pode deixar nos comentários que vou adorar saber.
Blogs participantes: Mariana Viaja, Fui Ser Viajante, Kari Desbrava, Tá indo pra onde?, Manas no Mapa, Malas pra que te quero, Viagens de cá pra lá, O melhor mês do ano, Expressinha, Janelas Abertas, Once upon a trip, Direto de Paris.
* Foto: Image by kaboompics on Pixabay