Se for ao Vaticano, um detalhe é essencial…

Contei aqui que fui a Roma e não vi o Papa, né? Pois é… Fui barrada no baile no Vaticano! Por isso minha primeira dica para quem pensa em ir lá é e não quer passar por nenhum transtorno é: cubra os ombros! Sim, isso mesmo. Você vai entender porquê.

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Quando cheguei nesse outro país, dentro de uma cidade, a Piazza San Pietro não estava lotada como nos eventos que vemos na TV, mas estava cheia de turistas. Uma fila que demorou horas até a entrada da Basílica, debaixo do sol escaldante. E quando enfim chegou minha vez…

Fui barrada porque é proibido entrar com os ombros de fora! É sinal de falta de respeito. Fiquei muito furiosa, mas não pude fazer nada! De short pode, de saia pode, menos com ombro de fora. Mas não conseguia nem argumentar, como fez um italiano que estava do meu lado de regata e entrou.

vaticano-roupa

Eu havia levado uma blusa especialmente para ir ao Vaticano. Era uma bata que ganhei de aniversário da minha mãe, que é super católica, então deixei para usar especialmente nesse dia, uma espécie de homenagem. Ainda na fila, notei que muita gente vai de camiseta e leva lenços, xales, para colocarem na hora de entrar. Mas são pessoas que já sabiam que era assim. Eu não sabia.

Alguns vendedores também ficam por lá oferecendo lenços por um preço absurdo, que me recusei a pagar. O jeito foi voltar no dia seguinte, de calça comprida, camiseta e um lenço cobrindo os ombros, como uma mulher direita deve fazer.

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vaticano-lencoA Basílica, por dentro, é maravilhosa e de uma riqueza que daria para salvar o mundo! Há uma salinha reservada para quem quer rezar, já que lá dentro ninguém se comporta como se fosse uma igreja, mas sim como um ponto turístico. Tanto que há muçulmanos, orientais, etc. E é realmente um lugar que, independente de crença, vale a pena ser visitado.

Saindo da Basílica, fui à cripta onde estão sepultados todos os papas. Em seguida, entrei no Museu do Vaticano (ainda coberta pelo lenço, como deveria ser), onde ficam obras como o Pensador, de Rodin.

Do Museu se chega à Capela Sistina, onde um segurança berrava ‘no pictures’ a todo instante, enquanto a multidão continuava a disparar seus flashes ignorando-o totalmente. Aproveitei e rapidamente tirei uma foto do famoso teto pintado por Michelângelo. {Sempre me lembro de lá quando assisto ao vídeo do Porta dos Fundos. Hilário!} 

teto-capela-sistina-michelangeloNo restaurante local, fui obrigada a lanchar uma caríssima pizza para sobreviver, já que, com tanta gente e tanto calor, minha pressão tinha caído e eu estava prestes a desmaiar. Foi bom porque de lá dava para ver o jardim muito bonito com as residências oficiais, cujo acesso, logicamente, é fechado. Descansei um pouco.

E, ao sair, vi uma lojinha de souvenirs (no meio de tantas!) com uma bandeira do Brasil na porta. Fui até lá e perguntei ao dono se ele era brasileiro. Era italiano, mas morou anos no Rio de Janeiro e era apaixonado pelo nosso povo.

Conversamos (em português) e, no fim, consegui comprar umas lembrancinhas com desconto e, de brinde, ganhei um calendário com a imagem da Pietá que guardo com muito carinho até hoje.

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