Intercâmbio na Europa: história do Daniel

“Morei por um ano (2010 a 2011) na Alemanha, numa cidade chamada Schwarzenfeld, no estado de Bayern, a mais ou menos duas horas de München. Antes já havia viajado para o exterior em 2008, para a Flórida e Georgia (EUA), por 20 dias, onde passei meu tempo entre Orlando, Atlanta e Tampa. Para o intercâmbio escolhi a Alemanha porque queria aprender outro idioma que não fosse o inglês e conhecer a cultura de um país que, até então, eu não tinha a mínima ideia de como funcionava.Mas não escolhi exatamente a cidade, pois viajei pelo AFS (uma ONG voluntária e sem fins lucrativos, focada em interculturalidade) e o destino é escolhido com base na sua compatibilidade com a família que irá te hospedar.

Viajei aos 16 anos e completei 17 lá. Meu pai não apoiava a viagem, mas minha mãe, família e amigos curtiram muito a ideia. Fui sozinho e morei na casa de uma família voluntária, como é nos programas do AFS. Eu não sabia nem falar “bom dia” direito! hahaha Então inicialmente fiquei um pouco inseguro com a língua e também com a cultura, a estrutura comportamental do país, mas acabei me acostumando bem rápido com as diferenças/semelhanças entre os dois países. E, com o tempo – e as aulas, que eram aulas regulares do ensino médio alemão, ministradas no idioma materno –  fui aprendendo e aprimorando tanto o hochdeutsch (alemão normativo) quanto o Bayrisch (dialeto local), além de melhorar também o inglês e espanhol, que eu já falava.

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A maior dificuldade de adaptação foi aceitar o jeito da minha mãe hospedeira, que era um pouco sisuda, e fazer amizades. E aconteceram comigo algumas situações desagradáveis por ser brasileiro, cheguei a ser abordado por Neo-Nazistas, em Leipzig, e tive que me virar. Mas, em geral, fui melhor recebido do que eu imaginava!

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A cultura é maravilhosa, a comida fantástica e a cerveja mais ainda! =D  Os alemães adoram brasileiros e estão sempre dispostos a entender melhor a nossa cultura, eles são muito receptivos e, às vezes, até ofereciam cortesias quando eu me revelava brasileiro.

Quando chegou a temível hora de voltar… foi péssimo! Imagine você passando um ano num país bom, com clima agradabilíssimo – friozinho <3 – uma cultura linda, você fazendo mil planos e já arranjando emprego, faculdade e afins… Mas você tem 17 anos e não tem livre arbítrio para decidir. Foi frustrante, mas aproveitei ao máximo, foi uma das melhores experiências que tive e mudou o rumo da minha vida: decidi cursar gastronomia – bacharelado na UFBA – e me motivou a estudar o mundo cervejeiro mais a fundo – cervejas alemãs =)”

Daniel Morais, beer consultant, baiano
Fotos: Arquivo Pessoal

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