Check-in #12 – Julho/17

check-in-12-julho

Estou no aeroporto, enquanto espero meu voo para o Rio de Janeiro – estive por alguns dias com minha família em Minas Gerais. Acordei cedo, peguei estrada, agora uso o tempo ocioso para escrever, mas confesso que estou sem criatividade para fazer essa introdução do texto. Então vamos direto ao ponto: meus preferidos e minhas dicas do mês de julho. Vem ver!

Para ler meu check-in dos outros meses clique aqui.

Na playlist

Sei lá porque eu sismei que aqui teria de ser sempre uma música nova ou a música que conheci no mês. Mas na verdade é mais pra mostrar a música que eu ouvi no mês. E, em se tratando de mim, a chance de ser uma música nova é pequena, porque (acho até que já falei) vivo numa bolha musical. Essa é antiga, porém em uma versão mais atual, que já não é tão atual assim. Na verdade ela é atemporal. Composta e cantada por gente que eu amo!

Na cabeceira

“Outras formas de usar a boca” (Ed. Planeta do Brasil) é um livro de poemas de Rupi Kaur, nascida na Índia e que vive no Canadá. Dividido em quatro partes – a dor, o amor, a ruptura, a cura – fala da sobrevivência, dos momentos amargos da vida, de violência, abuso, amor, perda e feminilidade, sempre encontrando uma forma de tirar delicadeza deles. As ilustrações também são dela. Li várias críticas positivas, várias pessoas falando do livro… Aí comprei e adorei. Há muito tempo não li um livro de poemas. Minha vontade a cada página era recortar, colocar em uma moldura e encher minha parede com essas palavras que tanto me tocaram. O livro é o maior fenômeno de poesia dos EUA na última década e já vendeu merecidamente mais de 1 milhão de exemplares.

outros-jeitos-de-usar-a-boca

Na nécessaire

Comprei Bepantol Derma (da Bayern) para passar na nova tatuagem que fiz (a frase “Les temps sont durs pour les rêveurs”, do filme “O fabuloso destino de Amélie Poulain”), usei uns 10 dias e ficou aquele tubo praticamente inteiro – já tinha acontecido outras vezes, em outras tatoos, e joguei fora, mas não queria fazer isso de novo. Daí lembrei de ver alguém comentando que era bom para áreas ressecadas e comecei a passar. Ainda mais nesse tempo seco, ainda mais que eu fui pra Minas que é mais seco ainda, minha pele fica superáspera. E funcionou! Sou preguiçosa com cosméticos, sempre me esqueço de passar, então nem compro, pra não gastar dinheiro à toa. Mas um produto baratinho e eficiente que eu já tinha, por que não?

Na telinha

Várias tramas da novela “A força do querer” despertam meu interesse, por diferentes motivos. Não sou daquelas que precisa estar na frente da TV toda noite, muitas vezes na verdade nem assisto, acompanho mais pelo site da novela e redes sociais. Um tema que acho muito legal ser abordado, ainda mais da forma didática que vem sendo feita, é da personagem Ivana (Carol Duarte). Transexual, ela ainda não se descobriu, mas vive o conflito de não se reconhecer no próprio corpo. Para ajudar na transição, entrou em cena Tê (Tereza Brant, hoje Tarso Brant, que viveu realmente essa história). Estou curiosa para ver como todo esse processo vai ser mostrado e, principalmente, feliz por ver o assunto em um veículo tão popular como a novela, que atinge pessoas que, muitas vezes, não têm acesso a outro tipo de informação. Então tem que falar, sim. Porque tenho certeza que isso pode ajudar muita gente a se entender ou a entender o próximo, e a quebrar tabus!

Na mídia

Adoro o blog Vida Organizada – que tem dicas não só de organização de espaços físicos, mas também do tempo, da vida – e adorei esse texto sobre Mudanças, que é uma mensagem com a qual eu concordo (e que talvez eu precise colocar mais em prática).  “No geral, mesmo quando planejada, a mudança é dolorida. Ela traz situações novas, que não estamos acostumados, e o novo pode assustar. Sabem aquele velho provérbio? ‘Tudo vai passar’? Pois é verdade. Tudo vai passar: a felicidade, a infelicidade, os problemas, as soluções. Porque, mesmo depois de encontrar uma solução, logo virá outra coisa a se preocupar. E assim é a vida. O ‘segredo’ (se é que posso chamar assim) é ter a mente sempre com atitude positiva, pensar em resultados desejados felizes e partir para a próxima ação, sempre com foco naquilo que você queira alcançar. Não precisamos esperar o fim do ano para querer mudar ou renovar. Renove-se para o segundo semestre. Renove-se diariamente. A cada minuto. Porque novos ciclos se iniciam e se encerram o tempo todo também.”

Curta a página do blog no Facebook!

Feliz por…

Julho marcou o início da WTB (World Travel Bloggers), da qual faço parte junto com a Dayana do Lolepocket e a Flávia do Viajando por aí. Para nossa “estreia” fizemos um evento superbacana aqui no Rio de Janeiro, com a presença de vários influenciadores digitais de viagem. Rolou muita interação, networking, troca de experiências e informações, além de sorteios de brindes. Pela foto lá no início do post dá pra ver como o pessoal estava animado! E já posso adiantar que muita coisa boa vem por aí! Pela página no Facebook dá para acompanhar todas as novidades.

Para inspirar

Quero falar do discurso da professora Diva Gonçalves, de 77  anos, na Flip – Festa Literária de Paraty. Um discurso emocionado e corajoso! Ela era uma das pessoas na plateia da mesa “A pele que habito”, que tinha Lázaro Ramos e Joana Gorjão Henriques. Quando pediu a palavra, já emocionada, deu um show, uma aula! Falou de sua história de luta, da importância da educação na sua vida, da história dos negros do Brasil, da situação atual, de resistência, de preconceito… Arrancou aplausos e lágrimas. E espero que tenha levado muita gente a refletir. Porque nós precisamos falar sobre o racismo. Esse racismo tão estrutural, ainda hoje tão presente, mas tão “naturalizado”, que nós brancos muitas vezes temos até dificuldade em percebê-lo. Esse meu resumo é muito raso diante da grandeza do discurso dela. Por isso deixo o link do vídeo. Pra ver e rever e pensar, sempre! E pra aplaudir de pé. Diva, meu abraço! Que mulher maravilhosa e vitoriosa você é!!!

Território Flip/Flipinha: A pele que habito (trecho)

O momento mais emocionante da #Flip2017 veio pela voz do público no Território Flip/Flipinha: "A pele que habito". Com a palavra, Diva Guimarães:

Posted by Flip – Festa Literária Internacional de Paraty on Friday, July 28, 2017

Conheça meu livro de crônicas "Eu não quero chegar a lugar algum" e entre em contato para adquirir o seu no formato digital ou físico.