Desafio: Vai viajar sozinha? 10 curiosidades sobre minhas viagens

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Tenho falado muito aqui sobre a experiência de viajar sozinha – as minhas e as de outras mulheres. Para mostrar que isso não significa ser solitária, que não é algo ruim e nem complicado. Pelo contrário, são momentos importantes, que nos fazem bem.

Pensando nisso eu e a Rayane do blog de viagem AzWanderlust lançamos o desafio de perguntas e respostas Vai viajar sozinha? Funciona assim: cada uma de nós vai responder às perguntas e, no fim, vamos indicar outras blogueiras para que também respondam. É uma forma de todo mundo conhecer mais sobre nossas viagens e sobre nós… E, assim, vamos inspirando mais mulheres a saírem pelo mundo!

1 – Quando e onde foi sua primeira vez (de viagem solo, viu? rs)?

Minha primeira vez… rs Digo, minha primeira viagem sozinha, foi em 2013, para Cuba. Passei sete dias em Havana. Fui por conta própria, não curto pacotes, além de serem mais caros. Acho que sendo um destino mais comum teria até sido mais fácil – como lá não é (pelo menos não era) comum ter internet, foi meio complicado o planejamento, mas encontrei um site e o email de uma pessoa que me ajudou muito, e com quem hoje ainda tenho contato. Aí, depois de ver tudo direitinho, comprei a passagem, fechei hospedagem, agendei com um motorista para me pegar no aeroporto e fui com a cara e a coragem! Tenho vários textos aqui no blog sobre a viagem para Cuba, com dicas e histórias. Foram dias lindos e o pôr do sol mais incrível que já vi!

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El Malecon, Havana

2 – Por que você foi sozinha: era uma vontade ou foi necessidade?

Não era uma vontade. Mas também não uma necessidade. Apesar de morar sozinha já há um bom tempo e já ter hábito de fazer várias coisas sozinhas, viajar desta forma nunca tinha me passado pela cabeça. Mas era um destino que eu queria muito ir e não conhecia outras pessoas que quisessem. Tirei férias depois de um longo tempo (mudanças no trabalho, na vida e uma pós-graduação) e não tinha ninguém com férias na mesma data… Aí, já que não ia ter companhia mesmo para Cuba, resolvi encarar. Foi uma escolha que juntou a vontade de conhecer o local com a necessidade de ir mesmo sem ter companhia. Hoje digo que é uma praticidade: vejo datas, olho passagem, compro, não preciso ficar esperando ninguém para decidir nada. E é, principalmente, uma opção a mais. É bom saber que o fato de não ter que me acompanhe não vai me impedir de ir.

3 – Você costuma planejar ou é daquelas que arruma a mala e vai?

Sou bem planejada. Vejo tudo com antecedência – até para poder pegar preços mais em conta. E sempre leio muito sobre o local, pesquiso, acho isso superimportante, ainda mais quando vou sozinha. Saber melhor lugar para ficar, onde ir e onde não ir, se tem alguma região mais perigosa ou mais recomendável… Aí faço roteiro, mas sempre com espaço para curtir sem programação fixa, e nem sempre sigo à risca, porque detesto essas coisas engessadas e não é o que curto. É mais pra ter uma noção mesmo e não ficar muito perdida.

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4 – Já passou algum perrengue desesperador por estar sozinha? E como deu a volta por cima?

Graças a Deus nunca tive nenhum perrengue grande em viagens. Nem sozinha e nem acompanhada. Eu fico tãooooo ligada que nunca nem metrô no sentido ou estação errados peguei (coisas que no Rio, onde moro, já fiz). E também evito sair na rua à noite, lugares que sei que podem ser mais complicados, não sou aventureira. Mas porque não gosto mesmo. E acham muito isso né? Que quem viaja sozinha é uma louca aventureira que vai sair se jogando em tudo que é lugar. E não é nada disso (embora, se fosse, tudo bem também). Geralmente percebo que as mulheres nesses casos são bem cautelosas.

5 – Costuma ficar em albergue ou hotel? E prefere mala ou mochila?

Até já fiz viagens mais tipo “mochilão”, mas sempre preferi mala, porque sou meio neurótica em ter as coisas organizadas. E hospedagem depende muito. Já fiquei em albergue e também em hotel. Hoje em dia vários albergues têm quartos individuais, então quando estou sozinha sempre prefiro desta forma, por uma questão de privacidade mesmo.

6 – O que deu muito errado? E o que deu muito certo?

O que mais dá errado são as fotos né? ahahah Ou tem de ser selfie ou pedir alguém aleatório pra tirar, sabendo que não vai ficar legal como eu queria. Mas agora falando sério, nunca aconteceu de, no fim da viagem, na hora de voltar, eu lamentar por algo ter dado errado. Mesmo que pequenas coisas não saiam da forma como eu imaginava, o que é absolutamente natural, não chega a ser algo que atrapalhe a viagem ou que me faça dizer que deu errado. Pode ser sorte, ou pode ser uma visão muito otimista. Mas até hoje tudo sempre deu muito certo! Acho que é mais ou menos aquilo que falei sobre planejamento: pesquisar, se informar, levar as coisas anotadas e/ou salvas no celular, ter cautela, mas não ficar paranóica e curtir! E as pessoas que conheci, isso sempre é ótimo!

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Selfies everywhere!

7 – Já pegou carona ou se hospedou na casa de alguém?

Não. Não tenho esse nível de desapego. rsrs Conheço gente que faz isso, pelo Couchsurfing, e acho até legal que as histórias positivas sejam contadas, porque geralmente só vira notícia quando tem uma tragédia. Mas, ainda assim, é algo que não faz meu estilo. Prefiro optar pela segurança, mesmo que eu tenha de pagar um pouco mais por isso.

8 – Você acha que viajar sozinha é perigoso?

Olha, eu acho que viver é perigoso. Sozinha ou não. É claro que uma pessoa sozinha, ainda mais uma mulher, está mais vulnerável aos riscos, à violência, ao assédio… Mas isso não é culpa nossa e não é nos privando disso que vamos resolver. Não tem nada de errado em querer sair ou viajar sem companhia. É nosso direito. E acho que quanto mais a gente exercê-lo, quanto mais a gente mostrar que é possível, quanto mais mulheres começarem a ocupar seus lugares na sociedade, mais isso tende a mudar.

9 – Tem filho, namorado, marido, cachorro papagaio? Como conciliar isso com as viagens solo?

Não tenho nada disso. As únicas coisas que preciso fazer antes de viajar é desligar as tomadas de casa, fechar os registros, pegar a mala, trancar a porta e ir!!! Mas quero ter filho.

10 – O que não pode faltar na sua bagagem?

Tenho tentado viajar cada vez mais leve, com menos bagagem, para não precisar despachar. Não sou muito ligada a roupas, nesse quesito só levo o básico. E tudo em cores mais sóbrias, porque facilita – coisa com cor sempre é mais difícil de combinar. Sapato também, geralmente vou com um e levo outro, de preferência um tênis bem confortável pra andar bastante. Sou meio largada, não me ligo muito nessas coisas. Meu momento mais “mulherzinha” não dispensa o corretivo e um filtro solar com cor pra deixar o rosto uniforme e protegido. E coisas práticas tipo potinhos para shampoo/condicionador, lencinhos demaquilantes e removedores de esmaltes, essas coisas que ocupam menos espaço e são simples na hora de usar. Mas fundamental mesmo é só o celular, que vai me manter conectada e possibilitar a comunicação mesmo com quem está longe, o que já ajuda nos momentos em que a solidão bater (se é que vai bater, porque a gente acaba conhecendo novas pessoas). Acho que tendo dinheiro/cartão e celular tá tudo certo!

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BONUS: Inspire mais mulheres a viajarem sozinhas! Em três palavras, o que é viajar sozinha para você?

Liberdade. Autonomia. Autoconhecimento.

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Agora desafio a Amanda, do blog As viagens de Trintim, para contar um pouco sobre suas experiências.

E se você que está lendo já viajou sozinha ou tem vontade, me manda uma mensagem que podemos conversar melhor e até mesmo compartilhar sua história aqui no blog.

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