
“Viajar sozinha sempre foi um sonho. Vivenciar a solitude e não a solidão. No cotidiano, nos acostumamos com o uso da palavra solidão e pouco (quase nada) usamos solitude. Uma fala da dor e a outra da glória de estar sozinha.
Esta última nos permite perceber o tempo, o espaço,o silêncio, nos permite aquele encontro marcado com nosso eu mais profundo, que tanto evitamos. E encontrar-se consigo mesma é uma das tarefas mais grandiosas e difíceis que foi destinada ao ser humano.
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Poderia escrever um livro sobre essa experiência, a primeira de muitas, que foi viajar sozinha no meu aniversário de 51 anos. Mas irei me ater aos momentos de felicidade plena e de descobertas que vivi nesses intensos quatro dias em João Pessoa, na Paraíba.
Já cheguei ao som do Bolero de Ravel número 6.364 com o nosso astro rei se despedindo. Foi uma das maiores emoções da minha vida e um dos meus sonhos realizados… Que espetáculo!!!
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Ali entendi que não tinha escolhido só um destino, mas me permiti viver… Viver a liberdade de ir, vir, ouvir, comer o que quisesse. Cruzar caminhos, trocar informações com pessoas que tiram uma foto sua, sorriem, contam algumas histórias e passam e você continua intacta, sem violar nenhum dos seus sonhos e sem sabotar nenhuma das suas vontades. Que máximo essa sensação!!!!
O pessoense (assim é chamado quem nasce em João Pessoa) é muito divertido e hospitaleiro, me senti muito bem naquela cidade e pude conhecer lugares lindos!
Praias maravilhosas, mirantes que nos dão uma vista incrível, formações rochosas que se misturam a praia, falésias que formam um cenário indescritível e para quem quiser se despir de conceitos e preconceitos, a Praia de Tambaba que nos oferece uma experiência naturista.
Como não podia faltar, quis conhecer a história e a cultura nordestina: Centro Cultural São Francisco, Farol do Cabo Branco, Mercado de Artesanato Paraibano, o antigo Hotel Globo que virou museu, foram alguns dos lugares que visitei. Como disse foram quatro intensos dias!
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Enfim, essa viagem foi uma experiência ímpar. Uma sensação de liberdade inexplicável! Esse encontro comigo mesma foi mais que tarde… Estou me sentindo recém-parida para a vida, para uma nova vida!!!”
Texto: Élida Santos
Fotos: Arquivo Pessoal
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