O Circuito dos Imigrantes de Anchieta é um roteiro diferente, fora do óbvio. Afinal, Anchieta é procurada principalmente por causa das praias (que são mesmo incríveis) e do Santuário Nacional São José de Anchieta. Mas, em poucos quilômetros, a paisagem do litoral dá lugar ao visual montanhoso, com muito verde e muito charme.
A cidade foi uma das portas de entrada de milhares de italianos que, no passado, deixaram seu país de origem e vieram para o Brasil. E, hoje, a região vem ganhando força no agroturismo, unindo história, cultura, gastronomia e muitas tradições em meio às belas paisagens das montanhas capixabas. Na viagem realizada a convite da II Semana do Turismo de Anchieta passamos um domingo visitando alguns locais e fiquei encantada!
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O que conhecer no Circuito dos Imigrantes de Anchieta
Durante o passeio tivemos a companhia da Isabel Frade, que participou ativamente do fortalecimento do trabalho e do turismo na região e conhece tudo – tudo mesmo e mais um pouco, ela é uma enciclopédia, além de ser uma simpatia de pessoa que nos transmitiu tudo com muito carinho. Vou listar aqui o que conhecemos por lá, mas há outros estabelecimentos também.
Mulheres da Prata
Na sede das Mulheres da Prata há mais de 20 anos são fabricados bolos, biscoitos e doces, com receitas tradicionais das famílias, passadas de geração em geração. E sempre com produtos da região. Muita coisa é feita para as escolas da rede municipal, mas há venda em outros lugares e também na feira que acontece na cidade nos fins de semana. Veja mais no Instagram @mulheres.da.prata
Restaurante Dom Bernardo
O almoço foi no Restaurante Dom Bernardo, propriedade da família Barcelos, que homenageia os avós italianos. As massas e a polenta são o carro-chefe do cardápio, com pratos deliciosos feitos em fogão a lenha. O fubá também é produzido lá – há até um moinho no meio do restaurante onde a gente pode ver o milho sendo triturado.
Meu destaque é o bolinho de polenta com queijo e taioba, uma perfeição! E o ambiente é uma graça – adorei a embalagem fofa dos talheres e a plaquinha super simpática no banheiro feminino. O restaurante funciona sábado à noite e domingo para almoço. Eles também fabricam massas artesanais, que são vendidas no local. Veja mais no Instagram @restaurante_dombernardo
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Alto Pongal
A região do Circuito dos Imigrantes de Anchieta é formada por diversas comunidades onde os colonos se estabeleceram. Passamos brevemente por dentro de uma delas, Alto Pongal. Fiquei louca com algumas casinhas. Essa é a campeã de fotos! Veja mais no Instagram @descubraaltopongal
Igrejas, grutas e capelas
Começamos o passeio passando pela Igreja de São Pedro e Santa Bárbara, construída em 1927, com fachada de pedra, e a única no país que tem dois padroeiros. Ao longo do dia visitamos ainda a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que estava aberta, então deu para conhecer também do lado de dentro, além de ter uma bela vista, pois fica no alto.
Passamos também pela gruta de Nossa Senhora de Lourdes, construída em 1951. E a capela de Nossa Senhora do Carmo. São lugares que mostram como a religiosidade é muito forte na história da região.
Mirante
O visual fantástico de diferentes pontos do circuito também faz parte do roteiro. Entre um passeio e outro, é impossível não ficar deslumbrado com os cenários que se formam em meio às montanhas. Fizemos uma parada rápida em um rio e no mirante. E, mesmo com chuva, deu para ver como o tudo é muito bonito.
Portal Circuito dos Imigrantes
Para fechar o dia, não podiam faltar os registros no portal do Circuito dos Imigrantes, que marca o início da rota de agroturismo de Anchieta. Veja mais no Instagram @circuitoimigrantes
Praça dos Imigrantes
De volta a Anchieta, paramos na Praça dos Imigrantes, às margens do Rio Benevente, onde os italianos desembarcavam. Além de funcionar como um local de lazer, com alguns quiosques, tem um monumento em formato triangular, com o sobrenome das famílias que chegaram à cidade por lá.
Como visitar o Circuito dos Imigrantes de Anchieta
O ideal é ir durante a semana, que é quando a maioria dos estabelecimentos está em funcionamento (fora o restaurante, que só abre nos fins de semana). E o acesso é feito apenas de carro. Vale a pena conhecer!
Parabéns, Mariana. Você conseguiu descrever com perfeição e riqueza de detalhes a experiência de conhecer o Circuito dos Imigrantes. É claro que tem muito mais e nem cabe numa matéria. Destino bom é assim, sempre fica algo a ser feito para ter motivo pra voltar. Quanto à Izabel, faço minhas as suas palavras.
Feliz que tenha gostado, Cristine! Obrigada pelo comentário!