15 informações históricas sobre Paraty que vão enriquecer sua viagem à cidade

A cidade de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, é cheia de história! Teve grande importância no ciclo do ouro, passou também pelo ciclo da cana de açúcar, do café e muitos momentos e fatos importantes do Brasil. Até que chegou ao ciclo atual, o do turismo, e hoje está entre os destinos mais procurados do país.

Em uma das minhas idas à cidade fiz um passeio guiado – coisa que adoro, pois é uma forma de conhecer detalhes e curiosidades que fazem a diferença na nossa forma de perceber (e curtir) um lugar. Divido aqui algumas informações que achei interessantes.

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Informações históricas sobre Paraty

A cidade tem sua origem em 1648. Mas era isolada, entre o mar e a montanha. Só por volta de 1970 a estrada foi aberta e, assim, Paraty foi redescoberta para o mundo e começou a crescer, mas suas construções históricas se mantiveram.

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Os tupiniquins ficavam nas montanhas e, no inverno, desciam para pegar peixes no rio Paraqueaçu (que significa “entrada de peixes”). Foi então que começaram a ter contato com os portugueses.

Com a abertura da Estrada Real, criada pela Coroa Portuguesa para levar as riquezas de Minas Gerais até os portos de cidades do Rio de Janeiro, Paraty começou a receber muito ouro e diamantes. Por isso no local aconteciam muitos assaltos, o que levou à construção de fortes para se defenderem de ataques piratas.

Pelo mesmo motivo as ruas são propositalmente assimétricas. Quando alguém invadisse a cidade, certamente se perderia. O vento e a iluminação também levavam a isso.

A maré sobe e desce duas vezes ao dia. Pequenas embarcações entravam para a exploração. As grandes ficavam fora para proteger a entrada dos invasores.

 O primeiro nome do local foi Vila Nossa Senhora dos Remédios. Só em 1844 passou a se chamar Paraty – nome que vem do Tupi Guarani e significa “água de peixe”. Os portugueses falavam com o som de dois is (ii), que na grafia era um i grego.

Na parede, o brasão com alguns símbolos da cidade: café, cana de açúcar, índios, casas coloniais, peixes e influência portuguesa.

As ruas de Paraty são de pedras – mais conhecidas como “calçamento pé de moleque”. Dizem que esse nome surgiu porque muitas mulheres faziam doces e deixavam nas portas de suas casas, mas garotos pegavam e saiam correndo. Então gritavam: “Pede moleque”.

Há outras cidades pelo Brasil com calçamento de pedras, mas o formato em Paraty é diferente. As laterais são mais altas que o centro por causa da canalização da água (do mar e da chuva).

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A primeira capela da cidade foi construída a pedido de uma devota Nossa Senhora dos Remédios. Depois foi derrubada para que fosse feita uma catedral, o que acabou não acontecendo, porque era área de mangue, não tem estabilidade boa, então a igreja desceu um pouco e pararam a  construção.

Com a demolição da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, as pessoas passaram a frequentar a Igreja de Santa Rita, que ficou sendo a principal da cidade.

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No passado, havia igrejas separadas que eram frequentadas somente por brancos, ou por negros, ou por pardos libertos.

A maioria das construções tem arquitetura colonial portuguesa. E muitas têm janelas de madeira, com vidraça apenas por fora. É que quando o vidro chegou ao Brasil, as casas já estavam prontas.

 A casa da Família Real fica no centro histórico e há uma dica para saber qual é:  as residências da realeza sempre têm uma palmeira imperial plantada, para identificar.

O príncipe Dom João Henrique de Orleans e Bragança está sempre pela cidade e já é tão íntimo da população que é chamado apenas de Joãozinho.

Paraty é hoje o oitavo destino turístico mais visitado do país. Além de muita história, tem belíssimas praias e cachoeiras.

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