*Texto atualizado em 13/06/2024
A Flip – Festa Literária Internacional de Paraty – é o maior evento da região e um dos principais eventos do Brasil para quem gosta de literatura. A próxima será a Flip 2024 – a 22ª edição da festa.
Para quem quer ir à Flip, é bom já ficar de olho e começar a se programar. Eu estive pela primeira vez no evento em 2022 e adorei. Era uma vontade antiga que finalmente consegui realizar. Fui novamente em 2023 e já quero ir sempre.
Dessa vez será ainda mais especial, pois irei para lançar o meu novo livro, “Nem louca, nem coitadinha, nem tão corajosa assim” – na “Casa Escreva, Garota”, dia 10 de outubro (quinta-feira) de 14h às 16h.
E, para quem quiser ir também, listei aqui algumas informações que considero importantes e que podem ajudar. Vem ver!
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Quando é a Flip em Paraty 2024?
Antes da pandemia, a Flip acontecia no mês de julho. Depois, passou a acontecer em novembro. E a data da Flip 2024 vai ser de 09 a 13 de outubro.
É importante ficar de olho no instagram oficial @flip_se e conferir sempre as informações atualizadas.
Também é bom lembrar que a cidade fica cheia, o que reforça ainda mais a necessidade de se programar com antecedência, principalmente em relação à reserva da hospedagem.
Pelo Booking é possível reservar com a opção de cancelamento até alguns dias antes da data, caso haja mudança de planos. Foi o que fiz nas duas vezes que fui e acho uma ótima opção. Assim você garante onde ficar em Paraty na Flip, mas com a liberdade de poder cancelar.
Onde é a Flip em Paraty?
Paraty é uma cidade localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, na região chamada Costa Verde. É a última cidade antes da divisa com o estado de São Paulo. Entre seus atrativos estão o Centro Histórico, algumas praias e uma grande variedade de eventos.
Durante a Flip, são montadas tendas e outros espaços, seja para realização de mesas, lançamentos de livros, estantes de vendas, área infantil, bancas de artesanato e lembrancinhas, apresentações culturais e outros.
Algumas construções se transformam em “casas de editoras”, onde editoras diversas montam sua própria programação.
E basicamente tudo se concentra na região central, por isso é bom escolher uma hospedagem mais próxima, o que irá facilitar bastante os deslocamentos.
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Flip Paraty – onde ficar
A cidade conta com uma grande variedade de hotéis, pousadas e hostels, para todos os gostos e bolsos. De modo geral, as hospedagem dentro do centro histórico tendem a ser mais caras. Minha dica é buscar algo próximo, mas fora dessa área. Assim você conseguirá garantir um preço melhor e estará bem localizado.
Tudo vai depender também do quanto cada um está disposto a andar. Para mim, até 1,5 km do centro histórico é uma distância tranquila. Mas vale observar como é a região, se é movimentada, se tem comércio, opções para comer. Outra opção é a Praia do Pontal, que fica ao lado do centro.
Quem está de carro pode optar por lugares mais distantes – lembrando que os carros não podem circular dentro do centro histórico, mas dá para ir até um local mais perto e estacionar. Veja algumas sugestões:
- – Pousada Corsário
- – Pousada Fortaleza
- – Pousada do Príncipe
- – Magnus Pousada
- – Vibe Hostel Paraty
- – Pousada Romã
- – Pousada dos Contos
- – Viva Brasil Pousada
- – Che Lagarto Paraty
- – Pousada da Praia
- – Hotel Velejador
- – Pousada da Condessa
Veja mais opções de hospedagem em Paraty
Como funciona a Festa Literária de Paraty?
Quem quer ver as mesas principais da Flip precisa comprar ingressos com antecedência para ter acesso à tenda onde as mesas acontecem. Eles são vendidos no site oficial e há preços especiais para moradores da cidade.
Para quem não quiser ou não puder comprar os ingressos (porque os preços são mesmo salgados), do lado de fora dessa tenda tem a Praça do Telão com transmissão em tempo real das mesas para que o público possa acompanhar gratuitamente.
E, fora essas mesas, toda a programação da Flip é totalmente gratuita. Há informativos impressos disponíveis em alguns lugares com a programação completa. Também há QR Codes espalhados por alguns pontos da cidade, é só escanear e ter acesso à programação no celular.
Como são muitos acontecimentos, é impossível fazer tudo. Então a minha dica principal é selecionar os eventos que mais te agradam, ter atenção aos horários (contando os deslocamentos entre um e outro) e chegar com antecedência para garantir um lugar, pois costumam lotar.
Outra dica importante é em relação ao calçado, já que as ruas do centro histórico são de pedras. A melhor opção é tênis esportivo. Outros tipos de tênis e também rasteirinhas podem funcionar, mas eu sigo preferindo o tênis de caminhada mesmo.
Por fim, vale lembrar que os vídeos de todas as palestras das mesas oficiais ficam disponíveis no site da Flip para quem quiser conferir depois.
Quem é o homenageado da Flip?
A cada edição a Flip homenageia um escritor diferente, com mesas e debates focados na história e na obra do mesmo, além de estandes especiais com vendas dos livros.
Ao longo das 20 edições, em apenas quatro delas as homenageadas foram mulheres: Clarice Lispector (2005), Ana Cristina Cesar (2016), Hilda Hilst (2018) e Maria Firmina dos Reis (2022).
Os demais foram todos homens: Vinícius de Moraes (2003), Guimarães Rosa (2004), Jorge Amado (2006), Nelson Rodrigues (2007), Machado de Assis (2008), Manuel Bandeira (2009), Gilberto Freyre (2010), Oswald de Andrade (2011), Carlos Drummond de Andrade (2012), Graciliano Ramos (2013), Millôr Fernandes (2014), Mário de Andrade (2015), Lima Barreto (2017), Euclides da Cunha (2019).
O nome de 2023 foi Pagu – escritora, poetisa, jornalista e militante política brasileira.
E o homenageado da Flip 2024 será João do Rio, pioneiro da crônica moderna, que mudou o modo de fazer jornalismo, registrando a história de uma cidade que se transformava de maneira vertiginosa, com humor, sagacidade e instinto etnográfico.
Segundo informações do perfil da Flip no Instagram, “o escritor, que conquistou uma vaga na Academia Brasileira de Letras aos 29 anos, era um personagem múltiplo e controverso. Percorreu o mundo, colecionou admiradores e desafetos, e abraçou polêmicas com coragem – desde mergulhar nas religiões de matriz africana, tão populares mas tão oprimidas no Rio de Janeiro na época, a traduzir e divulgar a obra de Oscar Wilde, o que levou a especulações sobre sua sexualidade. Ainda que seu velório tenha mobilizado uma multidão que o admirava, sua obra permaneceu esquecida por mais de um século. A homenagem na Flip não apenas rememora e destaca seu legado, mas também sua relevância contínua na compreensão da identidade cultural do Brasil.”
O que fazer na Flip
- – Visitar as casas das editoras, com lançamentos e publicações diversas;
- – Ir ao estande principal, que também reúne publicações de várias editoras;
- – Assistir à programação oficial, na tenda ou na transmissão gratuita no telão;
- – Acompanhar outras mesas, debates e recitais realizados nas casas das editoras;
- – Conferir as apresentações culturais Off-Flip que acontecem paralelamente;
- – Comprar livros (no geral os preços não são promocionais, são preços de mercado);
- – Conhecer seus escritores favoritos na Tenda dos Autores e na Tenda dos Autógrafos;
- – Pegar marcadores de livros distribuídos gratuitamente (úteis e ótima lembrança do evento);
- – Andar (e se permitir se perder) pelas ruas do centro histórico observando o movimento;
- – Ver as exposições que são realizadas em vários espaços pela cidade;
- – Circular pelas lojinhas charmosas e sentar em um dos bares ou restaurantes com mesinhas externas.
Com todas essas informações vai ficar mais fácil se programar para a Flip 2024 em Paraty! Eu acompanho sempre também pelo instagram @flip_se, por lá informam tudo. E nas próximas edições espero estar lá – quem sabe a gente até não se encontra?
Oi Mariana!
Adorei teu blog. Quero falar contigo sobre tuas crônicas pois também escrevo.
Beijão
Oi, Márcia! Que bacana. E fique à vontade para me enviar um email, aí conversamos melhor.
Adorei suas dicas e gostei de saber que é escritora. Escritores como nós tem espaço de divulgação de livros?
Oi, Elisabete. Não temos. Os espaços são de editoras – e até há alguns de escritores independentes, mas pelo que vi são de coletivos organizados para isso. Individualmente, não. Mas de toda forma é um evento que vale a pena!