Qual foi seu momento inesquecível em uma Copa do Mundo?

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Mais uma Copa do Mundo chega ao fim e a gente vai ficar na saudade desses dias de grandes emoções, de altos e baixos… Tudo isso acaba trazendo também lembranças de Copas passadas. Difícil listar todos os momentos que me marcaram e/ou me emocionaram. Nem sempre positivamente, é fato. Mas alguns a gente não esquece!

Teve Baggio chutando o pênalti para fora e acho que, pra mim, nada nunca vai superar isso! Teve o gesto do Bebeto embalando um bebê. A ainda inexplicável convulsão do Ronaldinho e a dolorida derrota para a França. A redenção e Cafu 100% Jardim Irene numa manhã feliz de domingo. O “quadrado mágico”. Um gol do Fred minutos depois de entrar em campo, já nos acréscimos. Roberto Carlos ajeitando a meia e o gol do Thierry Henry. A cabeçada do Zidane no italiano. Suarez defendendo com as mãos e assumindo o risco de ser expulso para salvar o time da desclassificação. A alegria sempre contagiante dos jogadores africanos! A trombada de Felipe Melo e Júlio Cesar. Thiago Silva chorando e se recusando a cobrar um pênalti. Golaço de James Rodrigues ao vivo no Maracanã. Japoneses dando uma lição ao recolherem o próprio lixo – e antes usando os sacos como balões no estádio. Alemães se sentindo em casa na Bahia e Podolski tuitando em português. Suarez mordendo o adversário. A perplexidade diante dos 7×1. Gabriel Jesus que quatro anos antes pintava as ruas na sua comunidade. O Canarinho Pistola (melhor mascote ever!) gerando total identificação e caindo no gosto dos torcedores!

Entre tantas e tantas lembranças, todo mundo tem uma que é mais especial e inesquecível. Foi isso que perguntei para alguns blogueiros de viagem. Dá só uma olhada no que eles responderam!

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Meu momento inesquecível em uma Copa do Mundo foi…

Luciana Freitas, do blog Let’s Fly Away:
“A que mais me marcou foi a de 1982. Era pequena e foi a primeira Copa que acompanhei. Contagiada pela competição. Minha família toda vestindo camisas iguais, acompanhando cada partida. Eu tinha um boneco do laranjito (uma laranja com carinha e era o símbolo da Copa) e um álbum da Copa (brincava de jogar bafo com as figurinhas). Aquela derrota, vendo a Itália (ah Paolo Rossi!) fazer gol atrás de gol foi triste demais! Foi a primeira vez que chorei pelo esporte… escondida atrás do sofá da sala, inconsolável. Tinha certeza que a gente ia ganhar. Aprendi a lição de que não se ganha sempre. Depois, claro, sorri e chorei muitas outras vezes pela seleção. Mas isso é outra história. Uma das maiores emoções que senti foi assistir a torcida brasileira na Copa de 2014 cantando o hino brasileiro até o fim. A música da Fifa acabando e o público cantando. De arrepiar e de ter orgulho da nossa torcida.”

Marianne Rangel, do blog Despachadas:
“A cabeçada de Zidane,
A convulsão do Ronaldinho,
A mordida do Suarez,
A joelhada do Zúñiga no Neymar,
O 7×1 no Brasil…
Todos esses foram momentos que marcaram Copas passadas.
Mas nada disso ofusca as boas lembranças da final da Copa de 1994: Roberto Baggio perdendo o pênalti e Galvão gritando “Acabou!!! É Tetraaaaa! É Tetraaaa” agarrado no Pelé e com a música do Senna tocando foram os momentos mais felizes da minha vida “futebolística”, pois foi a primeira vez que tive a felicidade de ver o Brasil ser campeão do mundo (chorei só de lembrar haha).”

Liliane Inglez, do blog Trilhas e Cantos:
“Eu poderia dizer que o momento mais marcante que vivi em Copas do Mundo foi em 1982, quando, ainda criança, vi a Itália mandar o canarinho de volta pra casa. Enquanto isso, meu tio “levemente alcoolizado” praguejava: “Vai Brasil, vai Brasil, vai pra…” (vocês podem imaginar que a frase terminava com palavrão que rimava com “Brasil”). Mas aquele momento de tirar o fôlego foi mesmo em 1994! Na final contra a Itália, simplesmente não tive coração para assistir a cobrança de pênaltis! Saí da sala e tentei não ouvir nada! Confesso que fiquei rezando, enrolada na bandeira do Brasil (kkkkk) e só voltei quando os gritos de “É campeão!!!” foram mais altos que a voz do Galvão Bueno! Depois disso ainda foram muitas emoções, mas este momento dramático e engraçado nunca sairá da minha memória!”

Camila Lisbôa, do blog O melhor mês do ano:
“Por mais que 94 tenha sido a minha copa preferida e um dos momentos que moldou a minha infância e a minha paixão por futebol, o lance que eu escolhi pode não estar tão na cabeça do povo brasileiro, mas escutei tanta referência disso no Chile que virou parte das minhas memórias de copa. Em 2014, o Brasil passou sufoco contra o Chile, ganhando só nos pênaltis (haja coração!). Mas, no último minuto do tempo regulamentar, o Pinilla, atacante chileno, meteu uma bola no travessão que entrou na história lá na terrinha do outro lado da cordilheira. Não foi um momento que ficou na minha cabeça na hora,mas vi tantas vezes isso sendo repetido por lá (principalmente durante a copa América em 2015) que virou lembrança de copa mesmo assim.  O tal ‘palo de Pinilla’ foi o momento quase gol. Quase o Chile eliminando o poderoso Brasil em casa (teria sido melhor? hahaha). Todo mundo lembra. O Pinilla TATUOU a bola na trave. E foi um chutasso, ia ter sido um belo gol. Futebol é paixão e não é só aqui no Brasil.”

Edson Amorina Jr, do blog Ligado em Viagem:
“Uma lembrança bem marcante que eu tenho é a eliminação do Brasil para a Argentina nas Oitavas de final da Copa do Mundo de 1990 na Itália. Na verdade é uma lembrança de “não Copa”. O jogo aconteceu num domingo, coincidentemente no mesmo dia de um campeonato de judô que eu iria participar. E como o trabalho de ter filho não é fácil, meu pai abdicou de assistir à partida para me acompanhar. Eu ainda não era muito ligado a torcer para futebol (bichinho este que me mordeu neste mesmo ano de 1990 com a campanha vitoriosa do jogador Neto e meu Corinthians no Campeonato Brasileiro), mas mesmo assim eu lembro claramente do anúncio no alto falante do ginásio “Avisamos que infelizmente o Brasil foi eliminado pela Argentina e o sonho do tetracampeonato acaba aqui” e a tristeza que pairou sobre o local. O meu campeonato de judô não foi diferente e acabei perdendo a final com movimento bem ruim, que rendeu contra-ataque e Ipon que premiou meu adversário com a medalha de ouro.”

Gisele Rocha, do blog Viajei Bonito:
“Na Copa de 2014 tive que abandonar a zoeira para dar um gás na monografia. Eu tentando me concentrar e o Brasil tomando de 7×1 da Alemanha. Só ouvia o meu pai xingando na sala. Não sei se fiquei mais chateada pelo placar ou por ter perdido a última folga dos jogos. 🙁 PS: Pelo menos consegui entregar o TCC dentro do prazo e me formei naquele semestre.”

Analuiza Carvalho, do blog Espiando pelo mundo:
“Copa de 86 no México. Eu era criança e estava numa minúscula cidade no interior da Bahia, com minha família. Brasil nas quartas de final contra a França. Adultos sentados nas cadeiras. As crianças espalhadas pelo chão. Empate de 1 X 1, o Brasil sofre pênalti. O ídolo (muito ídolo) Zico, resolve cobrar! Ele perde. Lembro da sensação de decepção, a primeira que me marcou em copas do mundo! Do roer de unha, da incredulidade… Zico perder um pênalti?! Fomos eliminados e aquela copa de 86 teve sabor de milho assado na fogueira, amendoim cozido, alegria de primos e tristeza futebolística.”

Fernanda Scafi, do blog Tá indo pra onde?:
“Quando fiz intercâmbio na Espanha em 2006, acompanhei a Copa por lá e comecei a torcer pela Espanha (além do Brasil é claro), que apesar de estar começando a montar um time competente, não foi muito longe naquele ano. Quatro anos depois, por total coincidência, cheguei de férias em Amsterdã bem no dia da final Holanda x Espanha! As ruas estavam tomadas por uma onda laranja de torcedores e depois de um reconhecimento inicial desviando dos laranjinhas para tirar fotos, fomos assistir à partida. Foi bem estranho estar em outro país, cercada por torcedores de um time, torcendo pelo rival – em nenhum momento deixei escapar que estava torcendo pela Espanha, mas também não me senti insegura de demonstrar isso – só não queria ser a única “do contra” ali. Segurei o grito no gol de Andrés Iniesta já na prorrogação, chorei internamente com a voadora que o Xabi Alonso levou e disfarcei a cara de felicidade ao final da partida, que terminou em 1 x 0 pra Espanha, depois de muitos cartões distribuídos. O clima na cidade obviamente não era de felicidade, mas também não era de tristeza total como foi no Brasil na final de 1998 (acho que a maioria acreditava que a seleção holandesa já tinha ido mais longe do que o esperado). No dia seguinte, quase não conseguimos tirar fotos no famoso letreiro “I Amsterdam”, cercado de lixo deixado pelos torcedores, já que naquela praça tinha sido instalado um telão para transmitir o jogo – nem tudo na Europa funciona às mil maravilhas! No segundo dia após a partida, os jogadores voltaram para casa e foram recebidos com uma grande festa, com direito a desfile de barco pelos canais da cidade. A onda laranja tomou conta da cidade novamente e a comemoração pelo 2° lugar era tão grande quanto se tivessem vencido! Os horários de funcionamento de várias atrações foram alterados (e o meu roteiro de visitas do dia também), mas ficou a lição de que o 2° lugar já é uma grande conquista!”

Rachel Guedes, do blog Viagem a Dois:
“Conseguimos comprar os ingressos para a final da Copa do Mundo de 2014 poucos dias antes do fatídico 7×1. Estávamos muito animados com a perspectiva de ver o Brasil ser campeão do mundo, ao vivo. Com o resultado da semifinal, a euforia diminuiu um pouco, mas só até chegar o dia do jogo entre Alemanha x Argentina. Quando chegamos ao Maracanã, não importava mais que não fosse o Brasil jogando: estávamos ali assistindo com nossos próprios olhos uma final de Copa do Mundo. Pra quem gosta de futebol, é o evento máximo. A entrada dos jogadores, os hinos nacionais sendo tocados… Foi incrível participar daquela atmosfera de euforia. Também foi legal secar um pouco a Argentina, mas ao final deu pena dos hermanos chorando. Só assim pra gente entender que é muito mais que futebol.”

Deisy Rodrigues, do blog São Paulo sem mesmice:
“Apesar de ter acompanhado toda a campanha do Brasil na vitória da copa de 2002 e ter vibrado muito, o momento que mais me marcou, mesmo se passando 15 anos, foi a derrota do Brasil pra França no final da Copa de 1998. Toda vez que eu vejo um criança chorando com a seleção do seu país perdendo ou sendo eliminada, me passa um filme de quando eu tinha 8 anos e chorei vendo o Brasil perder a Copa naquele ano. Criança nunca pensa o pior, ela acredita de uma forma ingênua e otimista que a seleção vai vencer e que seus ídolos não vão falhar, as expetativas são altíssimas e a decepção sempre maior. Nunca vou voltar a ser aquele torcedora inocente de 8 anos, mas ainda espero devolver aquele placar de 3 a 0 contra a França.”

Klécia Cassemiro, do blog Fui ser viajante:
“No futebol, a maior alegria das pessoas é o gol. No ângulo, de letra, de mão, de barriga – não importa como, o que a gente quer é bola na rede. Mas, pra mim, um dos maiores momentos do futebol é um gol ‘perdido’. O ano era 1994, eu tinha sete anos incompletos e não sabia nada da vida ou do futebol. Era minha primeira copa de fato. Vi todos os jogos com meu pai, até chegarmos juntos e nervosos naquela final. Adrenalina a mil para a cobrança de penaltis, e era Roberto Baggio, o melhor atacante da Itália, em frente à bola… Quando ele correu e chutou, determinado, o trajeto de milésimos de segundo durou uma eternidade. Todo mundo de olho na bola que sobe, sobe, sobe. E de repente, tava todo mundo junto gritando louco junto com o Galvão “É tetra!!!”. A bola passou muito longe do gol e seguiu seu caminho até as estrelas (até a nossa 4 estrela, no caso). O Baggio ficou parado no mesmo lugar, a mão na cintura olhando pra chuteira, sem acreditar. E a gente gritava com mais uma estrela pra nossa camisa canarinho. Que venham as próximas!”

Dayana Lole, do blog Lolepocket:
“Lembro como se fosse hoje. Acordei às 3h da manhã de uma sexta-feira para assistir ao Brasil x Inglaterra na Copa de 2002. Mesmo tendo que ir à escola mais tarde, valia a pena, ver aquela seleção que empolgava com gente como Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Rivaldo e Kaká. Lembro de como o coração acelerava com as arrancadas de Roberto Carlos em campo e dos olhos grudados em cada movimento que estava acontecendo do outro lado do mundo. Foi um jogo que começamos perdendo por uma falha da nossa defesa. A jogada que mais me marcou: quando parecia que íamos levar para o segundo tempo a dívida, Ronaldinho deu uma arrancada num contra-ataque e passou para Rivaldo, que empatou nos acréscimos. No fim, ganhamos de virada. Foi daquelas madrugadas de emoção que de tão extasiados, a gente leva o dia ainda cheio da energia da vitória.”

E PARA VOCÊ, QUAL FOI O MOMENTO MAIS MARCANTE EM COPAS DO MUNDO?
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