“Em 2017 realizei o sonho de fazer um intercâmbio de um mês para Malta e um mochilão por sete países. Foi uma experiência incrível! Fui sozinha e aprendi muito durante o processo, e isso só me fez ter mais certeza que o meu maior sonho é conhecer o mundo.
O roteiro foi montado basicamente a partir de passagens baratas que eu ia encontrando rs… Os lugares por onde eu passei, foram: Lisboa, Madrid, um mês em Malta, Barcelona, Paris, Munique, Amsterdam, Bruxelas, Veneza e Roma. Tem cinco coisinhas que eu aprendi e vou levar para a vida e para as próximas experiências (lembrando que foram coisas a partir da minha experiência, e não necessariamente regras ;-))
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1. Mesmo se der medo, vá!
Quando tomei a decisão de ir para um mochilão sozinha pela Europa, 80% das pessoas que me conheciam me chamaram de louca, e o pior, eu comecei a acreditar rs… Eu tinha 22 anos e nunca havia andado de metrô, quem dirá avião. No meu processo de planejamento eu só conseguia ter um sentimento: medo. Pensei milhares de vezes em desistir, porém respirei fundo e fui viver a melhor experiência da minha vida. Ah, se a Tainara de antes soubesse o quanto ia ser incrível, ela nunca teria cogitado não ir por conta do medo.
2. É melhor qualidade do que quantidade
Quando você está planejando um mochilão é tentador demais ver a quantidade de lugares e coisas para fazer. E, infelizmente, muita gente (incluindo eu) acaba acreditando que vai conseguir fazer 10 países em 20 dias rs. Primeiro: o dia em que você chega ao destino é quase ‘um dia perdido’. Desembarcar em um novo país sozinha é bastante estressante, além de ter várias questões de logística para resolver. E, com isso, por mais que eu tentasse fazer com que o dia rendesse, eu nunca conseguia fazer o roteiro que planejado para aquele dia. É normal, eu me perdoo por isso, mas aprendi que é melhor aproveitar os lugares com tempo e qualidade.
3. Esteja aberto às surpresas que a vida traz
Sou o tipo de pessoa que dois meses antes da viagem já estava com todos os roteiros esquematizados. Isso foi ótimo, pois me ajudou a otimizar muito tempo. É importante ter um roteiro? Sim, mas não fique preso a ele. Se permita ser levado pelas mudanças, se permita ‘perder um tempo’ sentado na grama de um parque não tão turístico ou entrar por alguma rua charmosa e que não estava no roteiro. Durante a minha viagem as minhas maiores surpresas vieram nesses momentos, e sou muito grata por ter me permitido viver isso.
4. Quanto mais leve, melhor!
Viajei com duas mochilas, uma pequena de uso pessoal e um mochilão de 50 litros da Quechua (que virou o amor da minha vida). Hoje em dia, se eu pudesse voltar no tempo, eu teria ido somente com o mochilão. Em uma viagem com muito deslocamento e percursos de transporte público e a pé, muita bagagem se torna um fardo. A cada escada, parada de ônibus ou catraca de metrô você só aumenta a certeza de que a outra mochila poderia ter ficado em casa. rs
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5. Depois da primeira viagem você nunca mais vai querer parar
Viajar é um vício que gera um alto nível de dependência. Estou à procura do tratamento, e estou achando que vai ser um mochilão pela América do Sul rs. Então, se você não quiser se viciar, não comece. Porém se mesmo assim você quiser começar, vá… mesmo que esteja com um pouquinho de medo. Hoje eu tenho a certeza que o mundo é enorme, só não é maior do que os nossos sonhos.”
Texto: Tainara Pimenta
Fotos: Arquivo pessoal
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