Conhecendo a neve em Farellones e Valle Nevado, no Chile

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O Chile é uma ótima escolha para brasileiros que querem conhecer a neve, pois fica perto e não custa tão caro, além de ter várias outras opções de turismo. Eu fui em setembro de 2017 para Santiago e, de lá, aproveitei para fazer o tradicional passeio ao Valle Nevado e a Farellones, dois dos pontos mais famosos e procurados da Cordilheira dos Andes.

Farellones é um parque com vários atrativos. Tem teleférico, tem boia para descer escorregando pela neve, tirolesa… E Valle Nevado, mais acima, é uma estação de esqui e o principal resort de montanha da Cordilheira, com hotéis e restaurantes. No caso dos turistas, é só mesmo para ver.

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Melhor época

O auge da neve no Chile é nos meses de junho e julho. O que pode variar para quem, como eu, escolhe o finalzinho do inverno (ou o comecinho) é a quantidade de neve, já que em alguns anos acaba um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde. Mas dei sorte de ter uma temporada mais forte e peguei tudo ainda bem branquinho. Eu sou friorenta, mas sei que não dá para dissociar a neve das temperaturas baixas, então fui preparada para isso e deu tudo certo. Em Santiago o clima estava ainda bem frio, mas eram poucos dias, tudo certo.

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Como chegar

Fiz um bate e volta de Santiago com a agência Sousas Tour – turismo para brasileiros no Chile. O micro-ônibus passou pontualmente às 6h40 no hotel. E ter saído assim tão cedinho foi ótimo, porque pegamos o Parque de Farellones bem quando estava abrindo, sem grandes filas – como muita gente tinha me relatado que acontecia e realmente vi acontecer mais tarde – e, nas duas horas e meia que ficamos lá, deu para aproveitar demais. Depois, mais uma hora e meia no Valle Nevado, com algumas paradas em outros pontos.

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Antes de chegar a Farellones paramos para o primeiro contato com a neve. Não cheguei a ver flocos caindo, mas, como tinha acontecido no fim de semana (e era uma segunda-feira), estava tudo bem branquinho. Me emocionei mesmo assim. Era um sonho – e já contei mais sobre isso em outro texto. Achei passeio todo incrível, uma realização. Fiz boneco, joguei neve para o alto, aquelas empolgações de principiante… rs

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Dá para ir por conta própria?

Teoricamente, sim. Mas a estrada tem curvas muito fechadas, além do gelo, e o uso de correntes nas rodas é obrigatório. Tudo bem diferente do que brasileiros estão acostumados, mesmo os que têm grande prática na direção. Eu sou da opinião de que é melhor não arriscar e pagar um pouco mais na agência do que se expor a um risco.

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O que vestir

Antes de começar a subir a Cordilheira, há uma parada para alugarmos as roupas térmicas. Cada peça (calça, casaco, botas) custa 8.000 pesos e as luvas 5.000. Ou o pacote completo com desconto por 25.000 pesos (aproximadamente 40 dólares). Foi a minha escolha. Por baixo, estava de legging, meia-calça, blusa de malha e blusa de lã com gola alta. Vesti o casaco e a calça por cima, coloquei também um gorro que eu tinha levado, compondo o maravilhoso look inverno como já deu para ver nas fotos.

As luvas eu eventualmente tirava para poder usar o celular (ou coçar o nariz rs), e poucos segundos eram suficientes para as mãos ficarem gelaaaaaadas, mas, fora isso, a temperatura foi suportável e bem tranquila até, graças à roupa – que acaba sendo um peso, a bota principalmente, mas faz parte.

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Outras dicas

Use filtro solar no rosto. O sol incidindo na montanha branquinha acaba queimando muito. Óculos escuros também ajudam! Leve uma garrafinha de água, para se hidratar o tempo todo, e algo para comer. Ande devagar porque na altitude o ar é mais rarefeito e, além de cansar mais rápido, pode baixar a pressão. Ah, e quem costuma enjoar é bom ir prevenido. Eu tomei um Dramin. São dezenas de curvas intensas – e tensas – até chegar ao topo.

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Quanto custa?

O passeio pela Sousas Tour custou 27.000 pesos chilenos em 2017. Para entrar em Farellones foram mais 20.000 pesos. E mais o aluguel da roupa. Total de 72.000 pesos (cerca de 110 dólares). Fora isso, não há gastos – dentro do parque os brinquedos estão todos incluídos, quantas vezes quiser. E no Valle Nevado há lanchonetes com preços um pouco altos, mas, como eu tinha levado lanche, não consumi nada lá.

De volta a Santiago, quando fui fazer o pagamento, deu problema na maquininha de cartão e eu não tinha o valor em dinheiro (como ia embora no dia seguinte, restavam poucos pesos, só para o essencial). A guia, Fernanda, disse que ia pedir que alguém passasse mais tarde no hotel. Pelo whatsapp conversei com o pessoal da agência para combinar um horário, mas depois eles mesmos sugeriram que, ao chegar no Brasil, eu fizesse um depósito na conta deles em um banco brasileiro. Além de estar muito satisfeita com o passeio para ver a neve no Chile e com o atendimento, fiquei feliz também com a confiança.

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