Bate e volta Rio-Petrópolis: o que conhecer em um dia

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Antes de sugerir o que fazer em Petrópolis e de listar os melhores lugares para conhecer em um bate e volta do Rio a Petrópolis, quero contar um pouco da história da cidade!

Lá pelos idos de 1843, o jovem Dom Pedro II, no auge dos seus 18 anos e cansado de passar calor no Rio de Janeiro, resolveu logo criar uma cidade na serra para chamar de sua, onde poderia curtir um clima mais fresquinho (e você aí, parcelando ar-condicionado). Antes disso, em 1822, seu pai, Dom Pedro I, já tinha se encantado pela temperatura quando visitou uma fazenda na região e comprou algumas terras por lá.

Com a morte dele, o filho herdou as terras e retomou os planos do pai de construir um Palácio de Veraneio. Foram feitos, também, uma igreja, um cemitério e alguns quarteirões nos arredores, exigências necessárias para que se pudesse formalizar a fundação de uma cidade. Criaram, ainda, uma estrada entre o Rio de Janeiro e a serra que permitisse a passagem de carruagens. Com o tempo, chegaram os colonos alemães e também franceses, portugueses, ingleses e italianos. E foi desenvolvido um projeto de urbanização.

O nome é uma junção de Petrus (Pedro, em latim) com Pólis (cidade, em grego). A Cidade de Pedro, ou Petrópolis, foi crescendo e se tornou um dos destinos turísticos mais visitados no estado do Rio de Janeiro.

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Bate e volta Rio-Petrópolis

A localização próxima da capital (cerca de 65 km) possibilita tranquilamente um bate e volta Rio-Petrópolis. Foi o que fiz recentemente junto com a Juliana do blog Além da Curva e a Olívia do blog Olívia Garimpando por Aí.

Saímos do Rio pela manhã e retornamos já à noite. Um dia super proveitoso e muito divertido! Quem nos levou foi o Lucas Hipólito, que é guia de turismo e taxista.

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Ele faz vários passeios pelo Rio e região, com toda a comodidade de pegar/deixar diretamente no hotel ou onde você estiver e levar para os lugares mais legais que você escolher, dos mais turistões aos mais diferentes, do jeito que preferir, nada de tour fechado com tempo marcado.

Você pode agendar seus passeios diretamente com ele
pelo telefone (21) 96406-1632 ou pelo Instagram @lucastourrj

O que conhecer em Petrópolis

– Portal de entrada

Fica logo na entrada, marcando o início da cidade. Foi nossa primeira parada, apenas para tirar fotos.

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Simples, mas é um local clássico! Ao lado do Portal tem um posto de informações turísticas onde é possível pegar mapas e panfletos com dicas, e também há venda de artesanato.

Onde: Rua Ayrton Senna, s/nº

– Palácio Quitandinha

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Construído na década de 1940 para ser o maior hotel-cassino da América Latina, era um local de muito luxo e frequentado por diversas personalidades da época. Atualmente funciona como um espaço cultural do Sesc.

Na visita é possível visitar todas as dependências. São ambientes enormes, tudo muito bonito, pirei nos lustres! Em algumas salas há exposições temporárias e em outras objetos e fotos da época. Na frente tem um lago e um grande espaço verde. É um dos cartões-postais da cidade.

Onde: Av. Joaquim Rolla, 2, Quitandinha
Quando: Terça de 9h às 18h e quarta a domingo de 9h às 21h30
Quanto: R$ 10,00
Mais informações: https://www.sescrio.org.br/unidades/sesc-quitandinha/informacoes

– Museu Casa de Santos Dumont

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Foto: Blog Além da Curva

Casa de veraneio feita pelo “pai da aviação”, é uma construção pequenina, simples, sem divisórias entre os cômodos, e muito interessante. Uma peculiaridade é a escada na qual se pode começar a subir apenas com a perna direita – os degraus são “recortados” para não bater os tornozelos.

No andar de baixo ficam alguns objetos pessoais. No de cima, o quarto com apenas um móvel de gavetas onde era colocado um colchão por cima para dormir. Tem também um banheiro. E não tem cozinha, ele pedia comida no restaurante de um hotel que ficava em frente.

Em outro piso, já fora da residência, há uma exposição com fotos e informações sobre a vida e obra de Santos Dumont, além da exibição de um pequeno filme de 12 minutos (é opcional, mas vale a pena) no qual um ator, caracterizado como o inventor, fala sobre a casa.

Onde: Rua do Encanto, 22, Centro
Quando: Terça a domingo de 9h às 17h
Quanto: R$ 8,00

– Catedral de São Pedro de Alcântara

Bela construção, com inspiração na arquitetura francesa, é um dos cartões-postais de Petrópolis e chama a atenção de longe, porque é enorme (a torre principal tem 70 metros de altura) e porque fica bem no centro da rua que é cortada pelo canal – das várias pontes pelo caminho é possível fazer fotos, como a que abre este texto.

A Catedral foi feita no local onde inicialmente havia a primeira igreja, feita na época da fundação da cidade. A obra teve início em 1884 e levou 37 anos para ficar pronta, já depois do fim do Império e da Proclamação da República. Tem pinturas, esculturas, vitrais lindíssimos e, também, um mausoléu onde estão os restos mortais de alguns membros da família imperial.

Onde: R. São Pedro Alcântara, 60, Centro
Quando: Segunda a sexta de 8h às 18h
Quanto: Gratuito
Mais informações: https://www.catedraldepetropolis.org.br/

– Museu Imperial

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É o antigo Palácio Imperial, que deu início à cidade e onde Dom Pedro II e a família passavam as temporadas de verão. Uma visita bem interessante, eu adoro lugares históricos! Poder entrar em cada cômodo, ver cada detalhe, tudo com muito luxo… é uma viagem no tempo!

Depois da Proclamação da República, passou a funcionar como colégios e só em 1943, durante o governo de Getúlio Vargas, foi transformado em museu, sendo o principal acervo do Império no Brasil. Tem o mobiliário original da época, vários itens e pinturas, documentos pessoais.

Para entrar é preciso colocar o que eles chamam de pantufa (mas na verdade é tipo um chinelo colocado por cima do sapato e a única forma de andar é arrastando os pés). E, infelizmente não pode ser fotografado por dentro. Do lado de fora também é muito bonito, com um enorme jardim, onde tem uma estátua de Dom Pedro II e um painel com a última foto da família imperial antes de irem embora do país, em novembro de 1889.

 

Onde: Rua da Imperatriz, 220, Centro
Quando: Terça a domingo de 11h às 18h
Quanto: R$ 10,00
Mais informações: http://www.museuimperial.gov.br/

– Palácio de Cristal

Foi um presente que a Princesa Isabel ganhou do marido, o Conde D’Eu em 1844. Alguns anos depois, foi o local onde os últimos escravizados da cidade foram alforriados. É um lugar bonito para fazer fotos e só. Ou, se tiver tempo, ficar pela praça descansando e relaxando. De vez em quando também acontecem alguns eventos culturais e exposições.

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Onde: Rua Alfredo Pachá, Centro
Quando: Terça a domingo de 9h às 18h
Quanto: Gratuito

– Cervejaria Bohemia

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Foto: Joalpe – Own creation, CC BY-SA 4.0, Link

Fábrica de cerveja mais antiga do Brasil, existe desde o século XIX. Hoje oferece um tour guiado para quem quer conhecer a história e o processo de produção, com direito a degustação.

Independente de fazer ou não o tour (nós não fizemos) vale passar no restaurante, que funciona até as 17h, ou no bar, que abre a partir das 17h, e foi nossa última parada para fechar o dia comendo hambúrgueres e dadinhos de tapioca. Tudo delícia e ambiente superagradável!

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Foto: Blog Olívia Garimpando Por Aí

Onde: Rua Alfredo Pachá, 166, Centro
Quando: Tour de terça a quinta de 12h às 17h, sexta e domingo de 10h às 17h, sábado de 10h às 18h
Quanto: R$ 39,00 o tour
Mais informações: http://www.bohemia.com.br/tour.php

Roteiro de um dia em Petrópolis

Citei acima os principais passeios na exata ordem em que fiz. No caso de um bate e volta Rio-Petrópolis, minha dica é fazer uma parada rápida no portal de entrada, depois ir ao Palácio Quitandinha e, então, seguir para o Centro Histórico.

Os demais lugares ficam todos na região central e o deslocamento entre um e outro pode e deve ser feito a pé. Nós estacionamos perto da Casa de Santos Dumont e de lá seguimos. Praticamente em frente fica o Museu de Cera (não entramos) e, ao lado, uma galeria aberta chamada Liberty Garden (Rua Barão do Amazonas, 25). Lá tem lojinhas, chocolateria, restaurante…

A ordem dos passeios vai depender das prioridades e do tempo de cada um. Se liga no mapinha:

Como se deslocar

Para quem vai de ônibus, da rodoviária dá para pegar táxi ou uber até um dos pontos e depois também andar a pé. Mas se for somar todos os custos disso, não só de dinheiro, mas também o gasto de tempo, compensa mais fazer como a gente fez e já ir com um passeio fechado.

No centro é mais fácil circular a pé, porque de carro fica complicado encontrar vagas. E, além disso, é uma forma mais legal de ir conhecendo a cidade, que ainda mantém diversas construções históricas preservadas e bem bonitinhas, identificadas com o nome de quem viveu ali ou do que funcionava. Algumas hoje funcionam como estabelecimentos comerciais.

Outra dica! Tem um sistema de pagamento de estacionamento em Petrópolis que não entendi direito (cuidado com a lerda!), mas é mais ou menos assim: ao estacionar, você deve calcular o período que pretende ficar e pode pagar o valor equivalente em uma das maquininhas de atendimento automático ou para os fiscais.

Onde comer em Petrópolis e onde ficar

Almoçamos no Restaurante Paladar, que tem self-service com grande variedade de pratos e preço justo. Fica dentro do Liberty Garden que citei anteriormente. E lanchamos no Bar da Bohemia.

Veja mais dicas de onde comer em Petrópolis
com este guia de restaurantes do blog Malas Pra Que Te Quero

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E para quem não quiser fazer apenas um bate e volta ou for de outra cidade mais distante e preferir passar um fim de semana ou mais dias, há muitas opções de hospedagem, como:

Hotel Serra da Estrela | Pousada Magister | Casablanca Imperial | Grande Hotel Petrópolis | Pousada Imperial Koeler | Hotel Dom Pedro | Pousada Dom Petrópolis | Hostel Vin Imperial | Pousada Palácio de Cristal | Bragança Palace Hotel | Pousada Monte Imperial.

Veja aqui outros hotéis em Petrópolis e faça sua reserva.

Essas são minhas dicas de passeios para fazer em um bate e volta Rio-Petrópolis. Dom Pedro II estava certíssimo quando resolveu criar sua própria cidade, hoje um lugar lindo, cheio de história, de cultura, de comidas gostosas e o tal do clima ameno – é que eu ainda prefiro o meu verão!

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